SINAIS
No Dia de Todos os Santos, depois da santa Missa, subimos a encosta que leva ao topo onde o nosso cemitério. Já estão ali sepultados dezenas de doentes falecidos no nosso Calvário. Ali, o cemitério - belo na sua simplicidade.
No corredor central duas filas azáleas que começam a florir.
Lembrámos o nosso Padre Luís e a D. Margarida, que foi a Mãe dos nossos rapazes e deu a vida toda no Calvário.
Cada campa, um número e uma cruz de pau. Numa placa do muro, o nome de cada Irmão. Impressiona a singeleza. Na entrada, em poste de granito, esta bela poesia duma amiga de Amarante:
Cemitério branco e liso
Varrido pelo vento Norte
Ai que limpeza de terra;
Ai que limpeza a da MORTE.
Tão limpos e tão libertos
Aqueles que ali estão.
Porque lhes chamamos mortos?
Vivos sim e mortos não.
E o VENTO bem o sabia,
Quando por ali passava.
Era por mim que pedia
E não por eles que rezava.
Lala
Rezámos pela nossa família que morreu. Choramos e rezamos, agora, pela família que nos foi roubada.
Entraram com carrinhas, carregaram os nossos familiares e foram.
Alguém sem moral acusou falsamente. E foi a corrida sem verificarem a idoneidade dos acusadores; sem uma verificação e estudo sério da situação. Que pena...!
Padre Telmo