O GAIATO digital
Edição de 18 de Dezembro de 2021 - Ano LXXVIII - N.º 2029
PÃO DE VIDA
A Obra da Rua nasceu do Natal
«... O
fundador da Obra da Rua apresentava-se como um padrezinho de Coimbra,
o padre das ruas. De capa negra, andava então pelos 52 anos...»
DA NOSSA VIDA
Adopção
«... Nos nossos dias, a adopção apareceu como o ovo de Colombo que iria resolver a situação de todas as crianças acolhidas nas mal-amadas instituições...»
MALANJE
«... Temos que passar, pouco a pouco, de preocuparmo-nos a ocuparmo-nos nesta nova etapa que está a viver o nosso Calvário. Nesta família todos iremos reencontrar o nosso lugar...»
PATRIMÓNIO DOS POBRES
«... Se eu fosse pároco e estivéssemos livres do covid, quem iria fazer de menino Jesus na minha igreja seria a tua filha. Ela é uma imagem viva e encarnada actualmente do Deus menino no Presépio...»
BENGUELA - VINDE VER!
Da memória do senhor Padre Manuel António
«... Hoje, 6 de Dezembro de 2021, celebramos com gratidão a Deus Pai pelo dom da vida- vocação-missão que concedeu ao nosso querido Padre Manuel António, cuja vida foi uma entrega total aos pobres e abandonados...»
SINAIS
«... A venda de «O Gaiato» era uma ajuda valiosa(...). Os nossos gaiatos vendedores recordam com saudade as vendas de «O Gaiato», também pela alegria de saberem que o resultado da venda dava para o pão da quinzena....»
NOVO LIVRO
Um livro resultante da recolha de textos, que se procurou serem os mais significativos, saídos da pena de um Padre da Rua, é em parte uma obra biográfica mas, acima de tudo, é o fluido do seu coração vertido no papel como partilha de vida e apelo à comunhão.
Já Pai Américo traduzira os seus escritos como um verter de sangue derramado, pois dizia que «se picares as suas letras com um bico de alfinete, hás-de ver que deitam sangue, tão vivos são os casos que elas narram».
Se nas suas palavras faladas Padre Manuel António transmitia a vida que lhe corria na alma, nas palavras escritas era, acima de tudo, um apelo premente aos seus leitores para que se doessem do infortúnio dos Pobres com quem se cruzava, e lho aliviassem.
Desde a sua paixão pelos Pobres do Barredo, repisando as pegadas ali indelevelmente gravadas por Pai Américo, até aos seus últimos passos já titubeantes no Calvário, amparado por algum doente ainda capaz de lhe dar a mão, passando por Benguela - centro da sua vida -, foi o seu percurso de vida como ministro da Igreja, servindo os ignorados pelos homens e provando assim quão presentes são ao coração de Deus.
Era homem de uma só ideia. Quatro verdades ou realidades a compunham e estavam no início do seu dia e com elas o terminava: o Nome de Jesus, Pai Américo, a Obra da Rua e a Casa do Gaiato de Benguela. A ordem não seria outra, eram as quatro realidades em que alicerçava a vida. - do Prefácio do Padre Júlio.
Enviá-lo-emos a quem no-lo pedir pelo telefone: 255 752 285, e-mail: geral@obradarua.pt ou directamente no site: www.obradarua.pt
BEIRE - Flash's
Há telefones que tocam...
«... São 96 anos só de alegrias! Olho para trás e só vejo alegrias que eu tive. E agora estou aqui convosco, com estes dois senhores padres que, numa hora difícil para o Calvário e para a Obra, Pai Américo fez o milagre de nos mandar...»
DOUTRINA
O discípulo tem de ser igual ao Mestre
«... Aos leitores devotos d'O Gaiato, a todos quantos conhecem e sentem a Obra da Rua - clemência, piedade para comigo. As nossas Casas têm um limite. Ele há outra maneira mais cristã de cooperar: é fazer mais abrigos para as crianças perdidas...»
PENSAMENTO
Trago comigo, na algibeira, um saquito de cabedal muito reles, muito sujo e muito coçado. Logo de manhã cedo, enquanto Coimbra preguiça, começa ele a distribuir pelo limpador das ruas, pelo garoto do lixo, pela velhinha dos papéis. Espera, nas horas do dia, os que chegam mais tarde à lida e vai-se despejando, aos nadinhas, no ardina do jornal, no moço de fretes, na mulher da sardinha que leva o pequenino ao colo, na que vem do rio com outro pela mão, no trabalhador de armazém, de família numerosa. Entra, a seguir, na toca do Pobre, sobe ao andar do Doente, pesa carne nos talhos, paga sopa nas pensões, pão nas padarias, merca tremoços na Ponte e faz trinta por uma linha no giro das oito horas. Pois muito bem. Quando, à noitinha, regressa a casa, o saquito muito reles, muito sujo e muito coçado (coisa assombrosa e verdadeira!) vem precisamente como saiu...
PAI AMÉRICO, Pão dos Pobres, 2.° vol., 5.ª ed., p 22-23.
Pelas CASAS DO GAIATO
CONFERÊNCIA DE PAÇO DE SOUSA
Comunidade
«... Mais do que providenciar a ajuda material que seja precisa, aqui o trabalho vicentino é principalmente o de fazer com que estas pessoas não se sintam marginalizadas, nem sejam marginalizadas...»
LAR DO PORTO
Conferência de S. Francisco de Assis
«... existem muitas famílias como as acima descritas, só lamentamos se estas não tenham quem as ajude. Com esta pandemia muitas famílias ficaram desempregadas e com muitas contas para pagar, esperamos que encontrem ajuda...»