MOÇAMBIQUE
Chamo-me Albino Magaia, da Casa do Gaiato de Maputo, Moçambique, tenho 28 anos de idade.
Gostaria de partilhar com todos os irmãos e leitores do jornal "O GAIATO", um breve testemunho pessoal, advindo da minha interpretação da figura do Pai Américo, como personagem principal da peça teatral Árvore da Vida!...
Não foi fácil, mas foi algo que abracei com amor e de todo o coração.
Recordo quando a "tia" Maria José Brito, se aproximou de mim e disse: - Albino tens uma nobre missão pela frente.
Fiquei muito curioso e perguntei: - qual?; e ela respondeu: - tens de participar num teatro, que terá como figura central o Pai Américo, no antes e depois da sua ordenação sacerdotal.
Sinceramente, fiquei sem palavras. Fiquei em silêncio durante alguns minutos. Podem questionar-se pela razão de ter ficado assim! A resposta é muito simples: o Pai Américo, por mais que eu não o tenha conhecido pessoalmente, nos seus gestos de amor para com o próximo é que me tem marcado. O amor que ele teve pelas crianças da rua, independentemente dos motivos que as levava a viver nessa situação, ele sempre esteve disposto as acolher, e a ajudar. Até hoje, só de pensar no nosso pai fundador, só de olhar os quadros em que ele está representado e até só de falar nele, fico muito emocionado.
Como sempre tenho dito aos "manos", o Pai Américo foi um verdadeiro Anjo que "caiu do céu"...
Para terminar estas minhas simples palavras, tenho de salientar que o meu sentimento inicial, anteriormente referido, aumentou exponencialmente no fim do teatro.
Talvez tenha sido este meu "estado de alma", que contagiou todos os outros participantes, que também se emocionaram, de tal forma que nem conseguiram conter lágrimas de alegria e felicidade.
Agradeço a Deus e ao Pai Américo por tão bela experiência!...
Albino Margaia