DOUTRINA
Corrida às igrejas
No Inverno passado fui òs teatros. Este é na igrejas. Todo o Verão levei nas praias e casinos monumentais a falar à gente da nossa melhor sociedade, como diriam os jornais de categoria. Não importa classe ou credo dos auditórios. Todos entendem.
No dia de Pentecostes estavam Partos, Medas e Elamitas. Estava gente da Mesopotâmia, da Judeia, da Capadócia, do Ponto, Frígida, Panfília, Egipto, Líbia e os vindos de Roma. Várias línguas - e cada um compreendeu na sua a palavra do Apóstolo!
Hoje é na mesma. O Espírito Santo sopra onde quer. Os dos casinos, os dos teatros, os das praias, os das igrejas, os das ruas. Vários credos e até nenhum, mas todos escutam e guardam no coração a palavra do Apóstolo. É um alerta. Uma hora de resoluções. As almas vibram. Quantos amortecidos pelo pecado, não tentam despertar para a Vida, quantos?! «Eu sou a Ressurreição e a Vida!» Vamos estender a mão ou vamos dar a mão? Eu cuido que a derradeira é a função dos pregadores do Evangelho.
Há muita gente que vê neste modo de vida um desgaste quotidiano e lamenta, por simpatia, tantas horas de trabalhos. É um erro! Perdeu-se o sentido das realidades divinas. Não se acredita no sobrenatural. Cuida-se que Jesus Cristo ficou na sepultura e que os cristãos são herdeiros de um epitáfio. Gosta-se, em regra, desta fezinha de meias tintas e de panos quentes. É mais cómoda. Não obriga. Outros erros! A verdade toda é que não existe no mundo vida mais consoladora do que a dos homens que semeiam e colhem unicamente para o Bem total do seu semelhante, no esquecimento da sua pessoa e bens.
Ninguém tenha dó, nem chore, as penas dos mártires do Evangelho.
Do livro De como eu fui..., pp 64-65.
Pai Américo