DA NOSSA VIDA

Entramos no ano LXXV de publicação d'O GAIATO. Celebraremos o seu 75° aniversário daqui a um ano, data importante para todos os que nele têm carreado o sentir da sua alma, sentimentos, experiências, denúncias que trazem à superfície injustiças escondidas e anúncios de acontecimentos felizes que são fruto da Obra da Rua que O GAIATO veicula a tantos milhares de Amigos, Leitores e Assinantes. Depois, no encontro pela leitura, quanta sintonia de corações e pensamentos, de luzes que se acendem nas almas e que rebentam em gestos de partilha amorosa de bens, alegrias e sofrimentos que a imperfeição da condição humana e a falta de consciência das realidades injustas do mundo provocam?!

E tudo isto porque O GAIATO é espelho de vidas que jorram para a Eternidade e d'Ela recebem o impulso para existir como resposta a uma especial vocação. Vidas orantes, onde se desenvolve um movimento eficiente do Sobrenatural que atrai a Si o elemento natural por Si criado e o faz fazer obras humanas com sabor divino, no dizer de Pai Américo, e a testemunhá-las: «Aquele a quem Nosso Senhor deu o talento de escrever, escreva como quem reza. Prepare-se como quem vai falar de Deus».

Ano LXXV, pelo que urge revisitar O GAIATO no seu Ano I, tesouro onde se guardam para se irem recuperar coisas novas e antigas, pessoas e acontecimentos, luzes que brilharam do coração de quem as pôs no candelabro e ficaram a marcar a vida dos Leitores no seu presente e futuro. Desde já, um artigo do nº 1 d'O GAIATO, onde Pai Américo escreveu também: «Aparece hoje "O Gaiato" e regressa no terceiro domingo do mês, à mesma hora, e assim por diante, todos os 1.os e 3.os até ao fim do mundo».

Padre Júlio