VINDE VER!
O novo normal
Os tempos mudam e com eles a sociedade, seus hábitos e costumes seguem a mesma trajectória. Muitas vezes, ao longo da história, ficou claro que esse processo demorava anos, séculos, até à sua consumação. Nos dias de hoje, em apenas poucos meses, a Humanidade foi obrigada a estacionar os seus sonhos e anseios, a adiar a construção dos seus mais nobres ideais. A palavra de ordem - "fica em casa", tem tido, neste contexto, implicações graves no seio de muitas comunidades, de modo particular àqueles que são dependentes dos recursos que ganham saindo para a rua. Fazendo recurso ao adágio popular "barco parado não ganha frete", enquadra-se perfeitamente naquilo que está a acontecer a muitas famílias, onde o pão-de-cada-dia depende de cada um dos dias em que os membros responsáveis pela família abandonam a casa e saem para a labuta.
Continuamos a observar, a nível da comunidade, as recomendações dadas pela autoridade competente para evitar a propagação do covid-16. As máscaras foram todas feitas em Casa, podem ser lavadas e passadas a ferro antes de serem usadas. Na nossa Casa todos têm uma ocupação saudável para a sua idade, edificante e digna, para colocar os alicerces firmes para construir um amanhã melhor.
O mundo já não é o mesmo. Mudou na sua forma mais radical, distanciando ainda mais as distâncias já antes existentes entre os seres humanos próximos.
As relações sociais e humanas foram alteradas na sua forma normal de ser e no seu modo peculiar de manifestação. Nem o culto público foi poupado pelo contexto da covid-19. A autoridade, a quem merece o direito de elaborar decretos e leis de carácter obrigatório, diz que para a realização do culto é necessário respeitar as medidas sanitárias (uso de máscaras e 2 metros de distanciamento, uso de máscara durante a celebração e outras tantas exigências. Assim teremos de nos acostumar a viver para podermos estar vivos. Segundo o decreto presidencial, a partir do dia 24 de Junho, por sinal solenidade de São João Baptista, fica restabelecido o culto público. Em nossa Casa temos a capela pequena, insuficiente para a observação das medidas impostas, razão pela qual estamos a preparar o salão de festas para ser o nosso local das celebrações da Missa dominical por ser muito mais espaçoso que a capela Santa Isabel.
Vamos cumprir ao máximo as regras impostas para a prevenção do covid-19. O lema é, protegendo-se, para proteger o irmão.
A conclusão é de Pai Américo "o ambiente de família transforma e convence estes pequenos sem família. A verdade encontra-se na própria natureza das coisas, virgem. Nem sistemas, nem violências nem pautas. Basta a lareira!"
Padre Quim