VINDE VER!

Estamos unidos

«Unidos venceremos». É deste e de muitos outros intensivos que as Obras sociais dependentes da cooperação dos sócios se vão mantendo ainda no seu pleno desenvolvimento ao longo da sua história. As ideias movem as multidões. Os feitos alcançados sustentam a honra e a glória de um Povo. Caminhar de mãos dadas é o melhor dos remédios para sarar a chaga aberta pelo funcionalismo isolado, sempre propenso ao indesejável fracasso. O desânimo, a insegurança, o medo do progresso são resultados do alienamento à vida fraterna e a comunhão das responsabilidades que são inerentes e constitutivas ao real e digno funcionamento da Instituição a que nos sentimos fazer parte. Na Obra da Rua fazemos uma opção pelos pobres, longe do mero funcionalismo institucional e mercantil, visto na maior parte das obras de assistência e reinserção social no País e pelo nosso pobre mundo afora. Opção, sim! Toda ela revestida só e somente do brilho da comunhão. Se vier a faltar este indispensável recurso, logo e de modo imperioso se instala a divisão, a confusão, o abuso de poder e de confiança antes depositados pelo superior hierárquico. Sendo o serviço pelos mais carenciados um acto de caridade, nunca, mas nunca mesmo, a avidez pelo poder poderá simbolizar qualquer opção pelos pobres, não senhores. Só a imitação a Cristo, servo humilde foi e há-de continuar a ser a expressão mais clara e evidente de doação aos mais pobres e excluídos da vida socialmente digna.

Ora, a Obra da Rua é uma grande família. E o que se espera de uma família? Que seja unida! Pois claro. Só assim pode ter a respeitosa denominação. O que passa disto vem do maligno. Cada membro da família tem a sua responsabilidade cooperando na luta diária pela materialização dos seus próprios objectivos - a felicidade de cada um dos seus membros. Através dos actos de comunidade, celebrações, acontecimentos, se efectivam laços muito fortes entre uns e outros, cuja lembrança o tempo não se atreve em devorar. O respeito pelas diferenças é muito importante neste quadro afectivo de vivenciais que se cruzam no seio familiar. A humildade de Maria - e o zelo de São José - são faces da mesma moeda que compra o bem-estar no seio da família. Seja ela rica ou pobre, numerosa ou pequena. Pois quem é humilde, também é obediente. Há na Igreja exemplos fantásticos de humildade e simplicidade de vida - São Francisco de Assis, Madre Teresa de Calcutá, e tantos homens e mulheres de Deus. A nossa Obra é humilde, para gente humilde que não tem necessidade alguma de pugnar pelos lugares de direcção. O serviço contínuo deve ser aliciante e prazeroso, ali onde cada um se encontra, na sua pequenina esfera de acção no dizer do nosso Pai e fundador da Obra da Rua. Somos família! Tudo que se faz no dia-a-dia é pelo bem-estar dos seus membros. A conclusão é de Pai Américo "a melhor maneira de evitar os grandes males alheios é cada um fazer todo bem que puder dentro da sua pequenina esfera de acção. Não há arma mais eficaz para combater o mal do que a prática do bem".

Padre Quim