UMA TRISTEZA

Aconteceu em 16 de Março passado que aconselhado pela família, por um responsável pela Administração d'O GAIATO e ainda pelos constantes avisos da D. G. S., deixei de ir ao escritório. Isto é uma precaução pela pandemia que grassa pelo mundo e que se chama Covid-19. Tudo pela idade e porque estou incluído num grupo muito sensível.

Estou em casa pacificamente e com os meus 94 feitos há pouco, vou acompanhando pela TV o que passa pelo Universo. Não é nada agradável ver que já faleceram milhares de seres humanos... e a tragédia continua! Uma tristeza!

Os dias vão passando. Vejo, da varanda da minha casa, lá longe, na A4, junto à serra [do Muro] de Vandoma/Baltar, aonde o trânsito circulava, tudo calmo e silencioso. Não há movimento...

Nesta Vila em que vivemos, há tranquilidade e paz! A vida continua e, mais além, o fumo dos casais vai subindo! A tarde aproxima-se do fim de mais um dia...

E presumindo que brevemente terei autorização do nosso Padre Júlio, estou-me preparando para voltar, após um longo intervalo de meses. Porque hoje [16 de Julho] é o dia de Pai Américo, dei um pulo à Capela da Casa do Gaiato. Por breves instantes ajoelhei e rezei-lhe pela Obra da Rua e por todos que dela fazem parte. Ao levantar-me tive um momento de felicidade, pela alegria que senti ao ver que vivi alguns anos "debaixo" da sua capa!

Aguardemos que a tragédia passe e voltemos a amar sem medida, com a graça de Deus.

Manuel Pinto