UM ACONTECIMENTO MEMORÁVEL
Uma deficiência auditiva impede-me de escrever com clareza pelo que ouço. Fico a tentar escrever pelo que vejo... Assim, aqui vão humildemente umas linhas do acontecimento vivido na Casa do Gaiato de Paço de Sousa, a que chamámos Encontro Celebrativo Venerável Padre (Pai) Américo.
Pouco passava das 15:30h, quando Padre Júlio deu começo à sessão, realizada no salão de festas desta Casa que, neste caso, encheu como um ovo... Na mesa presidiu o senhor Bispo do Porto, os dois oradores principais e Padre Júlio que, após breve apresentação deu início. Falou o Elísio Humberto, que testemunhou o amor de Pai Américo pelos seus gaiatos...
Um pequeno intervalo preenchido por um grupo de gaiatos tocando guitarra.
Eis o primeiro orador, Dr. Luís Leal, que falou sobre o livro que ajudou a editar Ecos de Pensamentos de Padre Américo.
Logo a seguir, o Dr. Artur Santos Silva, disse a enorme injustiça cometida com o Padre Baptista, como Director do Calvário. Ao longo desta palestra leu vários trechos das cartas escritas ao sr. Presidente da República, escutados com muita emoção. Encerrou a sessão o sr. Bispo do Porto.
Emocionado quando cumprimentei Padre Baptista e ele me abraçou! Senti o "bafo" de um humilde e heróico Amigo!...
Seguiu-se a visita ao Museu. que a todos causou admiração pela quantidade de "jóias" antigas. Documentos, Certidões, etc., etc.. Um sem número de "relíquias"!! Mais fotografias das várias Casas do Gaiato e utensílios usados nas mesmas Casas e muito mais...
Chegou a hora da Eucaristia. Celebrou o senhor Bispo, com os nossos Padres: Telmo, Rafael, Baptista, Manuel Mendes e Júlio. Também presente o Pároco da freguesia, Sousa Alves, e Pároco de Galegos, Nuno. No decorrer da Missa foi-se ouvindo o grupo coral, com comando do «Almeidinha». Na homilia, falou novamente o senhor Bispo, sendo escutado sempre com muita atenção.
E acabou a Eucaristia. Com o devido respeito e calmamente abandonámos a Capela.
Já cá fora, vários grupos falavam. Gaiatos e Amigos da Casa trocavam impressões. Alguns, sempre presentes em todas as ocasiões, sejam elas de alegria ou tristeza. São Amigos que trazem Pai Américo e a Obra da Rua no coração!
O tempo foi passando e chegou a ocasião de abrir as portas do refeitório. Pequenos e grandes, conhecidos e desconhecidos, irmanados a dar ao "dente"... Era o lanche que anunciava o final deste acontecimento memorável.
Tenho pena de não saber traduzir a alegria de toda esta gente, que nos honrou com a sua presença! A todos, obrigado e a certeza que a Obra de Pai Américo continua, com a graça de Deus.
Manuel Pinto