
SINAIS
A vinda de alguns Gaiatos de Malanje à nossa reunião, fez-me lembrar a entrada em Angola do nosso grupinho — o Fernando e a Emília, o «Neca», o Domingos, o Falcão, o «Laranjinha», o Manuelzito, o «Faniqueira», o Nelo, o Quim e o Afonso.
Foi-nos dada uma fazenda abandonada — árvores e capim. Entrámos devagarinho, afastando o capim, chegamos à lagoa! Um grande lago, ficámos encantados. Foi o primeiro contacto com a fazenda, que seria uma das nossas primeiras aldeias em África.
Logo no primeiro mês começámos os trabalhos. A nossa aldeia começou a nascer: casa-mãe, oficinas, capela, escola, casa 1 e casa 2, finalmente a vacaria.
Logo nos primeiros dias, um grupo de soldados entrou de rompante... Ficámos assustados. Falaram e entregaram-nos um menino, que tinham trazido do sul. É o nosso André. Trabalha hoje na polícia do Estado.
A aldeia cresceu. Hoje, o nosso padre Rafael, está dando um novo impulso com o aumento da antiga escola e a criação da escola profissional, melhorando os equipamentos desportivos, além de obras de recuperação da biblioteca.
Padre Telmo