
SINAIS
Estava — em férias — no moinho do Mosteiro de Pitões. Batem à porta. Digo — entre. A porta abriu e surpresa! Era o Sr. Pe. Carlos — que o Senhor já lá tem. Logo ele falou: — Prepare-se, tem que ir comigo. Pe. Baptista está doente — tem que ficar no Calvário. Sonâmbulo — meto tudo na sacola e umas pedras bonitas num saco…
— Pedras? – disse Pe. Carlos.
— São umas pedras bonitas que encontrei no rio… Ele sorriu, com piedade.
Fui e entrei no Calvário. Era dia de banhos. Alguns voluntários tratavam já os seus doentes.
Falo para o que orientava: — Os meus doentes? — São aqueles dois, do Sr. Pe. Baptista. Dois doentes acamados, nas suas caminhas, a quem era preciso fazer tudo…
Fiquei assustado — não tenho remédio — só mesmo mergulhar.
No mergulho, a imagem do Pe. Baptista: manhã — tarde — um dia — outros — meses — anos. Sua imagem ficou nítida diante de mim.
Calvário recorda-me as centenas de doentes que já repousam no Senhor. E recorda-me a figura do Pe. Baptista reclinada em cada leito com amor.
Padre Telmo