SINAIS
Na casa de meus pais, pela varanda descíamos ao quintal. O quintal tinha um marmeleiro e nele um ninho de rouxinol. Alta noite, e no seu tempo, ele cantava. Belo na noite, o cantar do rouxinol! Lindas, as flores, nos quintais da aldeia. Belo, nos altos choupos, o chilrear dos pardais!
É Verão. E os velhinhos, sentados nos bancos de pedra, gozam a tarde.
As vacas, vindas dos lameiros, passam nas ruas — mansas e fartas. Antes de entrar nas cortes, bebem nos tanques da aldeia. Assim, as tardes de verão – mornas e ternas. Numa delas, em tarde quente, sentei-me ao lado dos velhinhos e li-lhes a história do Pimpão que, em pequenino, entrou na Casa do Gaiato.
O Pimpão deixou de ser Pimpão. Cresceu, casou e tem filhos. É um sinal SIM na vida e história das nossas Casas do Gaiato.
Padre Telmo