SINAIS

Impressionam, entristecem e causam dor no coração as cenas da guerra. Dois amigos querem levar uma senhora, aflita e dolorosa, da casinha que foi arrombada pela bomba. O seu quartinho não sofreu muito - e ela quer morrer ali. A destruição do bairro apagou a luz no seu coração. Assustador o dilema. Eles teimam. Ela resiste. Não vimos na notícia o desfecho. Terrível e louca esta guerra... Apetece gritar - os gritos morrem numa nuvem escura. Peçamos ao Senhor. Ele pode.

Outra senhora, já idosa, no meio de dois soldados. Gritou que a deixassem. Queria morrer na sua casinha e na sua rua.

Que calhau duro têm no coração os senhores da guerra! Destruir prédios - habitação de pessoas que não têm nada com a guerra...

Escolas, Jardins e Hospitais... Cidades inteiras... Os que conseguem fugir estão a ser acolhidos por Nações vizinhas. Ainda bem - graças!

Mais? Mais a fome que aproveita o avanço. É o trigo. Parou e não chega aos seus destinos. Como? Parou também, é a guerra. O trigo ficou guerra!

O amor? Onde está o amor? Onde está a paz? E as crianças, ao verem as lágrimas das mães - choram também.

Somente uma esperança para os aflitos: a presença de Jesus. Ele está. E para cada um terá o seu cuidado.

Padre Telmo