SINAIS
Têm vindo senhoras com saquinhos de mimos: a D. Conceição, muitas vezes; a D. Dina Peralta, com mimos, "100 € para as obras do Calvário" e outros "100 € para os meninos de Malanje". São muitos e vibram e pulam com um simples sambapito. Os nossos doentes perguntaram pelo andamento das obras. Estão um pouco atrasadas. Elas têm saudades do sol da varanda, onde faziam pequenas costuras e batiam conversa. A Alice tem saudades. Quem pode impedir? Nem deve. Só Deus conhece o coração humano... Só Ele é capaz de o encher.
Mais Alice: Hoje passeei pela nossa mata. Está um lindo sol. As folhinhas estão caindo - parecem um bando de passarinhos. Poisam no chão e a brisa faz com elas bailado. Tem paciência, no próximo outono vais ver... O telhado da varanda vai ser cobertura de vidro. O sol vai estar. Tu não verás - mas ele vai beijar-te.
Na reconstrução surgiram imprevistos... Também não contávamos com as tuas migalhas... Manda. O Senhor porá na tua conta.
* * *
No nosso Calvário há amor - sem ele não há educação. Olhar de mãe - seus olhos meigos nos acompanham a vida toda.
As mais grandiosas estruturas podem cair... Fica o pó da derrocada. O olhar da nossa mãe nos acompanha - doce e terno - por toda a vida. Olhar quente como o seu regaço. Lembras? Por certo que lembras. Ele está no teu coração.
Padre Telmo