SINAIS

Padre Acílio pede uma mãe e pede-nos para fazermos eco da sua angústia. Aqui estou, faço eco.

Como recordo as nossas mães... Vejam: Ainda com Pai Américo e em Paço de Sousa - eram 180 rapazes. Os mais velhos ainda recordam a D. Sara que acompanhava sempre nas praias e a D. Áurea, no tratamento dos doentes. A D. Sofia, a quem gostavam de fazer partidas. Ela deu tudo à obra - a própria vida. A seguir a D. Virgínia e D. Hortense. Ainda agora, já a descansar num quartinho bonito do nosso hospital, a D. Esmeralda - doente e velhinha. A D. Virgínia passou também pelo Tojal - Casa de Lisboa e Casas de África.

No nosso Lar do Porto, recordamos a D. Diamantina. Sempre atenciosa e disponível para todos nós. Uma verdadeira mãe no Lar, onde faleceu.

Em Miranda do Corvo, a D. Maria do Rosário, onde morreu - já velhinha e doente. No Lar de Coimbra, com os estudantes, a D. Maria da Luz. Alguns formados, hoje a recordam como grande educadora e mãe.

Na Casa de Setúbal, a D. Conceição, há muitos anos sempre presente, uma grande mãe! Lá, a Isaura, ainda jovem, deu a sua vida - como mãe dos mais pequeninos. No Lar, a D. Teresa, com os estudantes.

Recordo as mães no Calvário, com os doentes - lavar, vestir e dar as refeições. Com carinho e em todos os dias. A D. Margarida, aqui entregou a sua vida. A sua dedicação aos rapazes com carências - uma entrega total até à morte.

Também no Calvário, a Adelaide. Começou com 19 anos, numa total dedicação às doentes. Agora descansa, já doente, na Casa de Paço de Sousa. Teve várias companheiras ainda jovens, no atendimento às senhoras doentes: a Teresa, que depois foi para a Casa do Gaiato de Benguela, a Rosa e a Paula. Vi o carinho com que trataram todas as doentes.

Recordo também a D. Guiomar, que esteve em Paço de Sousa. Vi como ela ensinou os nossos rapazes a fazer pão. Também a sua estadia na Casa de Malanje.

A Teresa, tantos anos no Calvário e na Casa do Gaiato de Benguela - onde o seu carinho no acompanhamento do P.e Manuel.

Uma mãe para Setúbal - que o Senhor lhe toque o coração.

Padre Telmo