SINAIS

Natal!, e o nosso sorriso se abre em alegria; porém «a guerra e a paz do Natal se juntam». Não só a guerra, também a dor, a fome e a própria morte.

As televisões nos mostram os parques de diversão, os salões de dança, os requintes de vários pratos em belos restaurantes e um ou outro - a medo - mostram o presépio - sem ver Jesus...

Ondas e ondas... num mar sem Deus. Multidões que caminham e vão na mesma estrada - pensando em tudo - ao encontro de nada.

Verdade «que a propaganda motivada por interesses comerciais pode fazer-nos esquecer o principal do Natal: Jesus, o filho de Deus, nasce como homem. Esse é o mistério e a grande alegria que celebramos há mais de 2000 anos».

Recordo o Natal nas aldeias transmontanas quando era criança: todos à beira da lareira, as panelas, aconchegadas ao lume por nossa mãe, ferviam. Tínhamos a ceia, à meia-noite a Missa do Galo e beijávamos o Menino Jesus. Ao levantar, todos corríamos à chaminé onde tínhamos deixado o sapatinho - e sempre dentro as amêndoas ou um brinquedo - alimento do nosso sonho.

Padre Telmo