SINAIS


Paulo Sérgio é um fenómeno. É natural de Vila da Feira. Há um ano que nos consome para ir à sua terra.

— Pago uma arrufada e quero ver o Castelo. — Que sim, um dia vamos.

Foi ontem. Padre Fernando meteu-o no carro e foram.

A Fatinha preparou-o a rigor. Comeu arrufadas e viu o Castelo.

Não perguntou pela sua família. Não sabe se a tem. Para ele somos nós.

Trouxe dois saquinhos de arrufadas e todos provámos. Foi, para ele, um dia feliz!

É ele que está na fotografia. Não é um rapaz bonito?

Hoje prometeu ao Padre Fernando que não volta a rasgar a roupa, nem a bater.

* * *

Fernando e Varito foram ao dentista. Bocas estragadas e falta de nova dentadura. Uma beleza!

Se o Fernando fazia sucesso na dança, o que será agora com novo visual?

Eles falam pouco — até na oração gostam do silêncio — silêncio de bronze. Falta o patamar da prata e do ouro.

* * *

SINAL +: Na semana da Paixão, rezámos a Via Sacra de volta dos pavilhões — catorze cruzes de madeira com tranças roxas.

Na Ressurreição percorrendo as mesmas cruzes, com tranças brancas, meditámos, com alegria, os passos da Ressurreição.

No último sábado, vieram os doentes em cadeirinhas de rodas. Veio o Diamantino compenetrado e feliz. O seu olhar profundo no seu silêncio. Também a nossa Princesa sumida no seu carrinho!

Via Lucis — Caminho da Luz. Certeza viva da nossa ressurreição.

Padre Telmo