
PELA CASA DO GAIATO DE SETÚBAL
Terminou o tempo estival. Este ano foi vivido diferentemente dos anteriores pela necessidade de recriação de "momentos" que pudessem contentar os nossos rapazes, que se viram impedidos de poder gozar plenamente do sol de merecido lazer na Arrábida.
No entanto, tiveram oportunidade de viver outras experiências que marcaram este Verão de uma forma muito graciosa.
Como ter sido a primeira vez que acamparam, com a animação que rodeia a montagem da tenda, a obrigação de respeitarem o silêncio de todos e, particularmente, de atenderem ao facto de se encontrarem rodeados de outros campistas. Comer à luz de um "foco" e, durante a noite, terem de se deslocar aos balneários correspondentes para satisfazer as necessidades higiénicas, algo que admiravelmente conseguiram cumprir...
Com a orientação de um formador viveram a experiência de praticar alguns desportos radicais, tais como "escalada" numa das famosas fendas do parque natural da Arrábida, "paddle" nas límpidas águas do Portinho e também "snorkling", observando a riquíssima e exuberante flora subaquática da costa e a sua variada fauna, ao ponto de se ter capturado um polvo, e algumas estrelas do mar, que depois de admiradas e fotografadas foram restituídas ao seu natural "habitat"...
O não terem "pouso" fixo permitiu que se pudessem apreciar outros locais da nossa costa vicentina, hoje já divulgados nas redes sociais, tais como a "Comporta" ou a Península de Tróia. Levando sempre connosco o respectivo "farnel" que, além de saciar o apetite, significou ocasiões de partilha e de alicerçar as relações familiares que são a índole fundamental da nossa Casa do Gaiato!
Sabendo que a vivência nas "quintas" que integram as Casas compreende períodos vários de trabalhos agrícolas, lá fizemos a "vindima" que foi muito animada e todos deram o seu prestimoso contributo: uns cortando os dourados cachos de uva "moscatel", outros segurando as vasilhas e outros fazendo o transporte para os contentores que, depois de cheios, foram levados à adega do nosso amigo e benfeitor Venâncio Santos Lima de Palmela. Pela informação recolhida, disseram-nos que as uvas estavam saudáveis, muito bem equilibradas na acidez e doçura, tendo atingido uma média de 14 graus, o que decerto contribuirá para a realização de um óptimo "néctar", com o qual também vamos sendo brindados durante o ano...
Padre Fernando