SETÚBAL
Pedido de uma mãe
Não tem havido muitas respostas positivas a esta necessidade da Obra.
Uma mãe para a Casa do Gaiato não é nada de extraordinário, se a Casa do Gaiato é uma família, e uma família numerosa, como é que poderá ser, sem uma mãe? Uma mulher que renuncie a si mesma, tome a sua cruz e siga Jesus nos mais pequeninos e mais abandonados. Não há nada de especial, apenas isto: todos sabemos o que faz uma mãe numa casa. Nela recai a ordem, a limpeza, a roupa, a alimentação, os doentes e todos os filhos mais velhos e mais novos.
É uma abundância maternal que Deus põe no seu coração. Como aprender? Fazendo, sendo e amando.
Em 1952 o Pai Américo dirigiu-se às senhoras da Obra nestes termos: Algumas de vós estão há vários anos a trabalhar connosco! Obra ao serviço de homens; pessoas a trabalhar com pessoas de todas as espécies, cada uma de vós poderia ter outra obra onde estivesse mais sólida. É uma obra com muitos defeitos, muitas coisas tortas. Parece-nos por vezes cada vez pior.
Estamos numa Obra cheia de tentações e perigos. Os mais próximos a quem servimos, os rapazes, são capazes de nos malsinar e às nossas ideias, os nossos gestos. Não estamos debaixo da imunidade.
Parece tudo um disparate. Realmente não há colunas, não há bases. E nós estamos algumas há mais, outras há menos tempo, mas com o propósito de continuar talvez para sempre.
Então o que nos prende? Sim vós sois escravas.
Onde moras senhor - disseram certa vez dois homens ao Senhor. Aqueles dois sentiram-se excitados.
Que veriam eles em Jesus? Seria o porte? Seria a pessoa? Seria alguma conversa que tivesse com eles ou com outrem?
- Vinde e vede.
Vós sois felizes.
Apesar da força negativa da nossa obra, sois felizes.
Padre Acílio