SETÚBAL

Gente de Castelo Branco

Há vários anos que nos habituámos à alegria desta visita das amigas e amigos de Castelo Branco.

Também eles se habituaram a nós, por forma que, nos parece não poderem passar sem este encontro anual.

Arranjam transporte. Durante o ano vão enchendo a saca, euro a euro, a quantia vai aumentando. É nas praças, é nas ruas, e é, sobretudo, na igreja, que estes nossos visitantes vão aumentando o tesouro das suas ofertas.

E no domingo marcado, aí vêm eles carregados com o azeite das suas colheitas, as especiarias da sua região, os bolos e pão de alguns ofertantes, o chouriço, o queijo e os enchidos vários, próprios e característicos daquela zona de Portugal.

É claro que há sempre quem comande. Quem ateie o fogo, quem vá lembrando e quem junte as pessoas para que venham até à Casa do Gaiato. Mas, a grandeza dos dirigentes é tal, que o anonimato impõe-se.

Trouxeram-nos quarenta e um litros de azeite e mais quatro mil euros. Ajuda preciosa, neste tempo de indiferença e de egoísmo sufocante.

O encontro em nossa Casa é simples: as pessoas celebram connosco a Santa Missa, depois vêm entregar as suas ofertas, no meio de esfusiantes cumprimentos. De seguida, visitam tudo o que é a Casa do Gaiato. Vão ver as sementeiras, as plantações, a beleza das searas e tudo lhes enche a alma.

O almoço é também um dos pontos importantes da sua visita. A nossa magnífica sala enche-se de gente feliz, que transmite amizade por todos os poros e sente a alegria da sua doação.

É muito curto um dia só para a abundância de tantos afetos, mas a nossa alma enche-se de acção de graças e da bondade Divina, revelada nestes corações.

Até para o ano, amigos. O nosso coração anseia já pela vossa ajuda e a vossa visita.

Padre Acílio