SETÚBAL

Espectáculo

Uma leitora assídua d'O GAIATO e amiga da Obra faz parte de um grupo de senhoras de idade que se juntam para viver a arte, se divertirem e ajudarem a recriar outras pessoas. Viúvas e casadas, mas todas idosas, cantam sob comando de uma maestrina russa, a várias vozes, fazem teatro, dançam, recitam, declamam, compondo um espectáculo de variedades muito agradável.

Achei uma iniciativa interessante que devia trazer a lume, a qual atrai muita gente idosa, obriga a sair da solidão, a sentir-se útil, a conviver e a folgar, ressuscitando, no coração de cada uma, a juventude de espírito.

Pois, a nossa amiga quis dar-nos o valor do espectáculo, realizado no Teatro Miguel Franco, em Leiria, e mais: convidar-nos para abrirmos o mesmo, o que fiz com brevidade, resumidamente e encanto da assistência.

É evidente que só um espírito cristão é capaz de dar capacidade e solidez a uma iniciativa desta natureza, e a minha palavra avivou o espírito sempre novo da Obra do Padre Américo, em cada um dos ouvintes.

Como meus companheiros, levei o Danilo Tavares, que está a terminar o Mestrado em Fotografia e Cinema, na Universidade Nova de Lisboa e o Paulo Dimas, que faz o primeiro ano, aqui perto da nossa Casa, na Escola do Monte da Cotovia, nas Pontes.

Meu rico Vitória

Não sei bem porquê, mas o Vitória de Setúbal é pouco apoiado pelos rapazes desta Casa. Muita gente é do Benfica, do Sporting e do Porto e poucos do meu Vitória. Será por causa da história do outro que deu em ladrão, para chatear o pai que era polícia? Mas, não só. O facto de ser grande tem a sua influência nas crianças e nos jovens, pois todos o querem ser.

A ligação com o clube da cidade nunca se perdeu. O Vitória sempre nos tem apoiado, embora as exigências escolares dos rapazes os impeçam, muitas vezes, de responder ao convite para assistirmos aos jogos, todos os quinze dias.

A Académica nunca morreu nas minhas inclinações futebolísticas, mas o meu Vitória venceu no peso íntimo. Sofro porque a Académica desceu da primeira divisão, mas mais padeceria se o mesmo acontecesse ao meu rico Vitória.

Vem isto a propósito de uma embaixada que o Vitória nos trouxe, com sete jogadores, alguns técnicos, membros da Direcção, com um representante da mesma, entregando-nos um cheque da sua gala no valor de 1.045 euros.

Entre os atletas, veio o Hildeberto, que por esta Casa passou. Agarrou-se à D. Conceição e teve de lhe contar um pouco da sua vida. Já fez família, tem um filho, e joga no Vitória, onde tem sobressaído.

Padre Acílio