Setúbal
Esqueci-me de dar notícias sobre o encontro dos Antigos Gaiatos no primeiro Domingo de Julho, mês em que esta Casa faz anos, no dia um. Este foi o seu sexagésimo segundo.
Também não se anunciou, com antecedência, no nosso quinzenário, na confiança de que os Gaiatos que querem aparecer, se apresentam sempre.
A Missa costuma ser às 10:00 h. da manhã e, este ano, até adiamos o começo da praia para que todos os novos se encontrem com os mais velhos.
Com profundo desgosto, verificamos que alguns se esquecem do dever semanal de estar com Deus, ouvir a Sua palavra, para a pôr em prática, dispensando-se, até, neste dia destinado a dar graças a Deus por tudo o que a Obra nos tem dado.
Outro pormenor que não me foge, é que aqueles rapazes que atingiram um certo grau no preconceito social, evitam também este encontro, para não se humilharem ao convívio com outros menos evoluídos e mais pobres.
A Casa do Gaiato trata a todos como filhos e deseja que os rapazes se sintam irmãos. Não exclui ninguém ao seu carinho, a não ser aquele, ou aqueles, que recentemente a deixaram, por mau comportamento, envergonhando a Obra. A esses não admira que ponhamos reticências.
A reunião foi mais um convívio de mesa, de recreio e amizade que outra coisa, pois a Associação dos Antigos Gaiatos está praticamente inerte.
Pusemos mesas junto à piscina, dois assadores para o peixe e carne e as sombras das árvores fizeram sala frente ao bar, ao lado da água azul e atraente da piscina. A presença de cada rapaz é um dom para os outros.
As nossas forças têm diminuído, mas tem havido sempre, entre os mais velhos, alguns que, com as suas mulheres e filhas, se sacrificam pelos outros pondo as mesas, servindo com delicadeza a todos, sem esperar qualquer agradecimento público.
O primeiro Domingo de Julho, de cada ano é, nesta Casa, o vosso dia.
Conduta para Moçambique
Têm vindo alguns donativos para o nosso sonho Moçambicano, como lhe chama um aveirense que já mandou três mil euros a perguntar-me se será abuso saber quanto custará a obra. O seu orçamento é alto. Passa de um milhão e meio de euros mas nós iremos pedir muitos auxílios que diminuirão o seu custo.
De Avintes o assinante 79482 aparece com uma gota de 5€. Com mais alguns que não tenho presente a soma ainda não chegou aos 60.000.00€.
A irmã Quitéria escreveu que em Moçambique, cada tubo de 5,80m custaria 800€. Consultei aqui uma empresa que nos fará, cada um, por 95€. Claro que teremos de arcar com o transporte e lá, com as imposições alfandegárias. Assim, estamos a pensar comprá-los cá e enviá-los para Moçambique. Lá teremos oferta de uma máquina que nos abrirá a vala para enterrar a conduta.
E pronto amigos, se a vida e a saúde me permitirem, confio na ajuda de todos para me abalançar à encomenda e ao transporte da tubagem.
Padre Acílio