POBRES

Chegou-nos um pedido de longe, arredores da capital, através de um nosso gaiato mais velho, para ajudarmos uma mãe africana que, com sua filha doente paraplégica, procura ter melhores condições para habitar os anexos onde vivem. Ao mesmo tempo que vai lutando para sobreviver, com o que ganha no trabalho de limpezas e com o subsídio de incapacidade da filha, vai pensando também nos filhos que deixou no seu país natal, com o desejo de os ter junto de si.

Com a ajuda do nosso mais velho, seu vizinho, obteve orçamentos para as várias artes que terão de intervir para criar as condições para que a não considerem incapaz de tratar da filha doente e, mais tarde, a impeçam de ter os seus filhos consigo.

Já lhes dissemos que iremos ajudar, falta agora saber como se irão desenrolar as obras no anexo. Iremos ajudando nas despesas em simultâneo com o avanço das obras. O nosso gaiato estará em nosso lugar, dada a distância que nos separa e impede de estarmos fisicamente presentes.

As despesas ligadas com a habitação são, como vimos dizendo, a grande preocupação dos Pobres, a que vamos dando a mão de forma adequada a cada situação. Partilhamos das suas aflições, especialmente quando não se prevê alguma estabilidade para o futuro. Há hoje uma grande desproporção entre o custo da habitação e aquilo de que os Pobres dispõem para cobrir essas despesas.

Padre Júlio