PATRIMÓNIO DOS POBRES

Neste tempo pascal apetece-me trazer ao O Gaiato alguns reflexos verdadeiros de gente cristã que vive a Páscoa como a multidão dos que abraçaram a Fé, de que nos falam os Actos dos Apóstolos.

Começo por uma hortense que, com o coração, me diz: «Primeiramente, desejo de boa saúde. Que a mão de Deus abençoe a Casa do Gaiato, todos os seus rapazes e colaboradores e os livre da pandemia.

O prometido é devido. No Natal prometi enviar uma ajuda ao Sr. Padre da outra Paróquia para a reconstrução das casas degradadas dos seus pobres. Junto envio cheque no valor de 900€, que o Sr. Padre Acílio fará o favor de lhe fazer chegar às mãos.

Este valor e não outro maior é para não ter de pagar impostos sobre a dádiva. Noutra altura enviarei novo cheque para o mesmo efeito.»

A força do Espírito que se abateu sobre a multidão dos fiéis, que se reuniam após a certeza da Ressurreição do Senhor, é a mesma. Que encha a alma desta leitora e de tantas outras pelos séculos dos séculos.

Ninguém chamava seu ao que possuía. Todos viviam a expectativa da eternidade com o sentido pleno, de que neste mundo, nada é nosso.

Ao longo dos tempos, nas gerações humanas, sempre esta verdade iluminou alguns homens e mulheres, as quais nunca se deixaram corromper pela "lei perversa do dinheiro".

«Sr. Fulano, - Eu - Obrigado pelo que escreve no Gaiato. Assim seja ouvido. Desejo uma Santa Páscoa.

Transferi para a vossa conta no passado dia 10, 300€.»

«São instituições como a vossa, nesta situação pandémica, que mais ajuda prestam àqueles que tanto precisam. Fiz uma TRF de 400€.»

«Não deixe de levantar sempre a sua voz em favor dos pobres. Também não esperemos que o Estado faça algo por eles, porque assim não vai acontecer. 2000€.

Para percebermos as dificuldades e aflições dos outros, temos nós, primeiro, de termos sentido na pele na nossa vida, de contrário, nunca percebemos o que cada um sente, necessita e, quão gratificante, quando conseguimos superar as dificuldades.»

«Peço desculpa de andar tão arredia. Lembro-me muito da sua força e tenacidade para me dar alento.» 500€.

«Junto envio um pequeno donativo de 500€. É nossa intenção que este se dirija a ajudar os pobres dos mais pobres.»

Freixedo, «Juntamente envio um cheque na importância de 1500€ para ajudar a minorar, na medida do possível, tantos que recorrem ao Património dos Pobres, como única solução para melhorarem a sua triste vida.»

«Vimos regularizar a nossa assinatura do jornal O Gaiato e, como habitualmente, queira utilizar o excedente para o Património dos Pobres.» 300€.

Da Quarteira, «Meu Bom Amigo, uma migalha para as vossas necessidades.» 200€.

Da Ponte de Vagos, com um abraço muitas vezes repetido ao enviar a sua dádiva, uma palavra de conforto: «Com os tribunais, livrar sempre deles porque não resolve a injustiça a direito.»

Ovar, «Estou a cumprir a promessa de lhe enviar o cheque para o Património.» 2000€.

Porto, é uma Amiga que muito me tem ajudado. «Eu não tenho passado bem, pois apareceu-me uma hérnia lombar e caminho com muita dificuldade e com dores.» 2000€.

Coimbra, várias vezes as Marias, Madalena e Amélia: «Vimos juntar 350€ destinados às necessidades mais prementes do Património dos Pobres

Arraiolos, «Com muita amizade e carinho, envio estas mantinhas, para aquecer os que têm frio.»

De Mangualde, a Fernanda partilha quanto pode muitas vezes, sempre com o coração cheio de carinho e dor pelos pobres.

Trata-me como Bom Amigo e fulano e manda-me um abraço com 2.500€, de cada vez.

A multidão é longa, impossível de pôr no jornal. Nela aparecem antigos gaiatos e sacerdotes feridos pela pobreza, evidenciando como nos primeiros tempos a Fé na Ressurreição e a atitude coerente de quem acredita e procura os bens do ALTO.

Padre Acílio