
OS NOSSOS LIVROS
Lançamento da 3.ª edição
A construção de casas do Património na cidade do Porto é uma realidade. Outros, antes de nós tentaram e levaram avante o bloco de alguns andares, aonde se abrigam famílias pobres, mediante pequena renda. É obra de Vicentinos. Conheço um destes, perto do cemitério da freguesia de Lordelo; e é possível que haja outros, de que não tenho conhecimento. Porém, a casa do Património dos Pobres é outra. Começaram a erguer-se na paróquia do Carvalhido com a estrutura e fisionomia que lhes são próprias; casas individuais ou quando muito, gémeas. Sabemos de outros sítios dentro da mesma cidade, aonde se estão esboçando idênticos empreendimentos, de tal modo que devemos esperar ver a capital do norte muito enriquecida. Enriquecida, sim. Digo bem. Não há nada que fale tão alto da prosperidade de um povo, como isto de cada um ter com que se remediar. Ora a casa é o remédio. Casas espalhadas e individuais como são, porque não colocar em cada uma sua placa? Se ele é verdade que na minha recente visita às províncias do ultramar, tantas casas de lá trouxe feitas de migalhinhas, por que não aqui? E se os portugueses de além mostraram desejos de perpetuar seus nomes nas casas assim oferecidas, porque não os de aquém? Não podemos levar isto à conta de vaidade, pela natureza e categoria da oferta. Não podemos. É tudo tão pequenino tão simples, tão pobre! A vaidade não entra, nem cabe nestes territórios.
A leitura deste livro há-de necessariamente fazer luz na inteligência de muitos homens e dar-lhes uma força que jamais experimentaram; ou ele, não seja o Ovo de Colombo! Sobretudo depois de se saber que O Director da Alfândega do Porto e seu pessoal, vão oferecer ao Património a casa da Alfândega do Porto. E que os despachantes da mesma se propõem idêntica oferta. Depois de tudo isto, digo, quem pode ficar tranquilo? Quem vai ter paz? Como poderá cada um fazer bem as digestões?
Ninguém duvide. Os homens não se conhecem. Dê-se-lhes um sinal e o coração desperta. Não pedimos a ninguém uma casa. Pedimos migalhas. Pedimos as sobras. Queremos o óbolo da viúva. — Pai Américo, Ovo de Colombo, p. 67-68.
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