O NOSSO CALVÁRIO
Visitei há poucos meses duas Obras que são legado do Padre Américo no distrito do Porto: A Casa do Gaiato e o Calvário de Beire. Vim de lá com o coração cheio. Pergunto incrédulo: Como é possível que a Segurança Social tenha uma atitude destas para com uma Instituição exemplar? Que interesses a movem?
(A talhe de foice estou a lembrar-me da postura das Finanças para com as casas deixadas também pelo Padre Américo à Paróquia de Cête...)
Fernando Ferreira
Mais uma vez fico chocado com o agir da Segurança Social. Uma autêntica vergonha, desumanidade... A Obra do Gaiato é fantástica, uma Obra onde se vê o Outro com o coração. O P.e Américo, esse, sim, foi um verdadeiro Assistente Social cheio de Deus. A sua caridade e Amor manifestou-se ao acolher tantos rapazes da Rua e fundando a obra do Gaiato dando origem a várias casas uma das quais esta que é O CALVÁRIO. Se neste momento nesta casa estava algo menos bem, era dever da Segurança Social fazer tudo por tudo para apoiar com financiamentos, ajudas técnicas e de pessoal para que tudo ficasse de acordo com as exigências. Isto que aconteceu foi desumano para estes utentes que têm esta casa como sua.
Não se pede que a Segurança Social seja uma instituição de cariz religioso, pede-se que nestas situações a Segurança Social seja caridade, coração e AMOR pelos mais desfavorecidos.
Não podemos calar. Paz e Bem.
Francisco Maria
Estranha coincidência, pouco tempo após o lançamento do livro do Padre Baptista e quando se divulga a canonização do Padre Américo!
Uma atitude que não é de agora mas que começou nos idos anos 90...
E já agora, alguém dos que retiraram os utentes, está disposto a "acolher" um que seja?
Ou que faria se tivesse alguém na família com as limitações destes utentes?
A quem entregaria os cuidados dos seus entes queridos com garantia da salvaguarda da dignidade humana a que todos têm direito, a começar pelos excluídos, os desprotegidos?
E já agora, quem reconhece o esforço "hercúleo" dos padres que já mereciam algum "descanso" dada a idade e/ ou saúde mais condicionadas, que mais não é que continuar a dedicar as suas vidas aos outros?
Convicções à parte, há questões de humanidade que são indiscutíveis na Obra...
Começo a ficar confusa com o significado das palavras "segurança" e "social"...
"Bem aventurados..." (quase toda a gente conhece... É mera cultura geral para quem não é católico ou sequer cristão... Há balizas que jamais deveriam ser ultrapassadas como as dos direitos humanos)
Maria Conceição Cunha