O GAIATO digital
* Perspectiva da tipografia da Casa do Gaiato de Paço de Sousa onde se faz O GAIATO *
Edição de 31 de Agosto de 2019 : Ano LXXVI : n.º 1969
Pensamento
O visitador do Pobre, quem quer que ele seja, deve viver daquela grandeza de ânimo que é o dom do Espírito Santo, para caminhar em linha recta sem jamais desfalecer; e ter aquela alegria sempre viva e recolhida, semper gaudentes, que chora quando é preciso, Tanquam tristes, sem mostrar lágrimas a ninguém.
Pai Américo, Pão dos Pobres, 2.° Vol., 5.ª ed., pg 60.
DA NOSSA VIDA
Obra da Rua
«… Nesse dia 7 de Janeiro de 1940, a Obra da Rua nascia, pronta a "ganhar dentes" e a crescer. O seu desenvolvimento, ao longo das décadas que se seguiram, não a transformou noutra realidade, antes a consolidou no que já era ao nascer…»
Padre Júlio
BENGUELA
Queremos viver felizes …
«… O egoísmo é um mal que devemos eliminar das nossas vidas. A sociedade será tanto mais feliz, quanto mais generoso for o nosso coração. Os filhos que enchem a nossa Casa do Gaiato de Benguela são fruto dos vícios que matam o amor verdadeiro que deve encher os corações humanos…»
Padre Manuel António
PATRIMÓNIO DOS POBRES
«… A Janete, aquela pobre para quem comprámos uma casa, mãe de seis filhos ainda crianças e o marido preso há anos, foi agora intimada pelas Finanças, sob pena de lhe irem à casa.
Parece que o marido, que é uma pessoa pouco desenvolvida e infantilizada, vendeu, à tempos, um carro velho e não deu baixa.
Vem agora o Estado, através dos seus serviços, exigir que ela pague a dívida de 106 euros, senão os bens dela, que são somente a sua casa, estão ameaçados…»
Padre Acílio
PÃO DE VIDA
Um dia feliz!
«… É sempre muito tocante, muito comovedor, a celebração duma missa nova. Um rapaz que nós ontem considerávamos um nosso igual, com quem brincávamos despreocupadamente, e vermo-lo hoje tão distante de nós, envolto nas suas vestes sacerdotais, distribuir-nos o próprio Deus que ele mesmo fez descer do Céu, dar-nos a beijar as suas mãos sagradas, são coisas que não podem deixar de comover as fibras mais insensíveis da nossa alma.
Logo de manhã, a pequena capela encheu-se de lés-a-lés, não restando um único lugar vazio. Ia começar o acto tremendo do sacrifício…»
Padre Manuel Mendes
VINDE VER!
De olhos postos na agricultura
«… A nossa terra é generosa, abençoada e com verdes campos. Uma verdadeira potencialidade para dar de comer aos seus filhos. Mas o verde a que me refiro em grandes extensões desta bela Angola, é um verde de ervas do campo - o capim bravo. As sementes do milho, do trigo, do arroz, do feijão e outras tantas, ainda não foram lançadas nestes campos férteis…»
Padre Quim
SINAIS
«… Fiquei encantado com a nossa horta: beringelas, beterrabas, tomate, couve e feijão já nascido mesmo por baixo dos aspersores. O sistema de rega que o senhor Padre Acílio nos ofereceu, a trabalhar em pleno. «Um grito à índio a ressoar nas baçoeiras do rio Lombe!»
Padre Telmo
BEIRE
Voluntariado com "Novos Horizontes"…
«… Acontece que, hoje, ao pegar n'O Gaiato n.º 1961, de 11 de Maio pp, na local Património dos Pobres, dei com isto: «... Com dois rapazes — eles são sempre os melhores e mais sábios companheiros — fomos aos pobres distribuir hortaliças, trazidas na nossa camioneta, do Banco Alimentar contra a fome». A que logo se segue uma dura aguarela do «Bairro Negro, não o do Canto do Poeta, mas o real, que se situa numa antiga fábrica de conserva e pela encosta acima, com casinhas pouco mais dimensionadas do que as palhotas»…»
Um Admirador
SETÚBAL
«... Dizia-me uma Leitora que o devorara num dia, e de olhos rasos de lágrimas de alegria: - Fez-me tão bem, tão bem, quem nem calcula.
O mesmo e de forma diferente, mas com muita admiração: - Li o livro, mas quero comprar mais dez, para oferecer às minhas amigas de Lisboa -, e deu-me mil euros!…»
Padre Acílio
Pelas CASAS DO GAIATO
NOVO LIVRO
Não assim tão novo, pois foi aqui anunciado aquando das comemorações do nonagésimo aniversário da Ordenação Sacerdotal do Padre Américo. Dito do seu lançamento, na Igreja Paroquial de São Martinho do Campo — Valongo, e da sua apresentação no Seminário de Coimbra, O GAIATO, n.os 1965-1966.
Agora, colocado em nossas mãos pelos Autores, temo-lo disponível para os nossos Amigos e Leitores que no-lo podem requerer, referindo que o preço de capa é de oferta livre.
O número de exemplares é muito limitado, facto que nos leva a solicitar aos interessados agilidade no seu pedido.
PAÇO DE SOUSA
- Futsal;
- Férias;
- Campo;
- Biblioteca;
- Crónica.
Nuno Machado - O nosso cronista.
MALANJE
«A nossa Casa do Gaiato de Malanje tem de passar, uma vez mais, uma dura prova. O Padre Rafael viu-se envolvido num acidente de trânsito, causado pelo mau estado da estrada, cheia de buracos, e do nevoeiro que apenas deixava ver cerca de dez metros. Como em todos os acidentes, o pior são as vítimas que perderam a vida. Tornar a recordar o ocorrido, traz consigo lágrimas e uma grande tristeza…»
Rapaz de Malanje
MIRANDA DO CORVO
90.º Aniversário da ordenação de Padre Américo
«No dia 28 de Julho, Domingo, no Seminário Maior de Coimbra, teve lugar a celebração do 90.º aniversário da ordenação presbiteral do nosso Padre Américo. Na verdade, no Seminário de Coimbra, Américo Monteiro de Aguiar foi recebido em 3 de Outubro 1925 e ordenado Padre há 90 anos, em 28 de Julho de 1929, aos 41 anos, pelo Bispo de Coimbra, D. Manuel Luís Coelho da Silva…»
Rapazes de Miranda
ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS GAIATOS E FAMILIARES DO CENTRO
«… Alegremo-nos! Graças a Deus! Finalmente vê-se luz a aparecer - o devido encaminhamento do nosso Calvário e Casa do Gaiato de Beire -, segundo o que se lê n'O Gaiato de 3 de Agosto passado, no escrito do nosso Padre Fernando Fontoura. Valeu a pena a luta pacífica de opiniões ao longo dos meses de Novembro e Dezembro últimos para que se encontrasse o rumo lógico e justo dos seres humanos, e das instalações que os acolheram ao longo de tantos anos. Regressarão ao seu ambiente familiar…»
José Martins
CONFERÊNCIA DE PAÇO DE SOUSA
AJUDAR "QUEM MERECE" E "QUEM NÃO MERECE"
«… Iremos ver como estão a ficar concluídas as obras numa das casas do Património dos Pobres
da paróquia, depois de já termos cuidado da reparação de outra casa,
que ficou vaga por falecimento do seu ocupante, e antes de a atribuir a
uma nova moradora.
Estas obras, agora, são maiores do que as anteriores porque envolvem a substituição de quase todas as portas e janelas e a reconstrução do telhado que metia água…»
Américo Mendes