
NOVO LIVRO
A Editorial Casa do Gaiato publica este livro, dedicado à memória do Sr. Padre Luiz Barata, quando se completam 60 anos sobre a sua ordenação sacerdotal.
É um trabalho que resulta, no essencial, da compilação das crónicas publicadas no Jornal O GAIATO, na coluna "Aqui Lisboa", entre 1963 e 1990. Há nele umalinha condutora que perpassa constantemente pelos seus textos — a denúncia e combate à injustiça! Foi sempre um homem incomodado com o excesso de palavras e discursos inconsequentes.
Importa, por isso, fazer uma breve nota biográfica: Filho de um casal de funcionários públicos que circulavam pelo país, conforme as colocações determinadas superiormente, nasceu em Nisa, em 1926.
A família fixou-se mais tarde em Coimbra, onde completou o ensino básico, o Liceu e avançou para a Escola Agrícola. Após completar o curso de Regente Agrícola, e por dificuldade de os pais pagarem os estudos superiores, parte para Lisboa aos 18 anos para trabalhar e estudar.
Ainda em Coimbra, na sua juventude, toma conhecimento e acompanha o Padre Américo que está no início da sua vida sacerdotal. É tocado pelas suas pregações públicas a que teve oportunidade de assistir e continuará a acompanhar à distância. Ficou contagiado pela sua doutrina e o exemplo concreto da sua vivência.
Em Lisboa, o nosso trabalhador estudante frequenta o Instituo Superior de Agronomia. Demora em concluir o curso de engenheiro agrónomo por necessidade de conciliar o estudo com as obrigações profissionais.
Isto não impede a sua disponibilidade para servir os mais necessitados. Trabalha com vicentinos e segue o exemplo de outros sacerdotes ativos, mas discretos na sua ação, na Lisboa do fim dos anos 50 e início de 60 do século passado. É sensível aos problemas sociais constatados nos bairros mais pobres e difíceis da época, em particular no vale de Alcântara. As crianças são a sua maior dor.
Não se estranha, portanto, que cumprido o serviço militar, renuncie a uma vida de facilidades materiais pois já era, ao tempo, engenheiro agrónomo e funcionário superior de um organismo público. Parte para o Porto para ingressar no seminário tendo em vista a sua ordenação como sacerdote para servir a Obra do Padre Américo a qual nunca perdera de vista.
A sua vocação não é tardia; é amadurecida e no tempo certo. O chamamento de Deus que sentiu para se pôr ao seu serviço numa Obra desta natureza foi determinado, é ele que o confessa, pelas duas circunstâncias referidas acima. A sua convicção é servir a Deus de modo concreto através dos mais fracos. Foi assim que a Obra da Rua ganhou mais um "trabalhador para a sua vinha". E nós, os que beneficiámos do seu vincado espírito de serviço, da sua entrega à causa dos mais fracos, dos filhos abandonados, dos órfãos com pai e mãe, regozijamo-nos com esta homenagem. — Do Prefácio/Apresentação de Jorge Cruz.
Os pedidos podem ser feitos à Casa do Gaiato de Paço de Sousa, através do telefone 255752285, por e-mail: geral@obradarua.pt, por carta ou no site: www.obradarua.pt