NOVO LIVRO

«[...] Tive sempre problemas com os retratos. Neste caso do Padre Américo estou a retratar uma pessoa que já não está fisicamente connosco. Mas quando retrato alguém que ainda está vivo, raras são as pessoas que gostam de se ver retratadas. Gostam de aparecer como acham que são e não como são vistas pelos meus olhos. Em geral não se revêm em coisas que me parecem ridículas: os cabelos, a cor, um papo, as rugas, a ideia de velhice.

[...] Pensei na sua obra, nos miúdos, Li muitas coisas sobre o assunto.

Fiquei a saber como era o trajecto da rua às instituições, do acolhimento humano, mas também da disciplina e do trabalho duro... Outros tempos.

Tocou-me essencialmente a reacção paternal do Pai Américo com os rapazes.» [Do autor do quadro, páginas 21 e 24 do livro].

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