MOÇAMBIQUE

Padre Américo, ontem, hoje e sempre

Viver no espírito do Padre Américo é um desafio para todos nós. É falar de um passado que continua presente.

Estamos a celebrar os 130 anos do seu nascimento. Em nossa Casa iniciámos no dia 22, com a Celebração Eucarística juntos com a comunidade da Massaca.

No dia 23, muito cedo, os nossos amigos da Academia do Bacalhau marcaram a sua presença através da abertura de dois furos de água. Os rapazes não ficaram indiferentes e quiseram assistir desde o primeiro momento em que as máquinas chegaram, até que a água começou a sair. Foi uma grande festa. Um furo ficou na fazenda e o outro perto da Casa. Claro, não são furos com muita água, mas neste momento temos que aproveitar tudo.

A Celebração Eucarística nesse dia foi participada pelos colaboradores, alunos e os rapazes. Em cada momento da Liturgia lembrámos o nosso querido Pai Américo. Ele criança, ele como jovem e adulto em Moçambique, no Seminário, como Sacerdote e a sua entrega aos mais pobres, na Obra da Rua. É a razão do nosso existir.

Na Liturgia todos queriam manifestar o quanto são queridos pelo nosso Pai Américo. Cantos, danças, orações, mensagens, enfim, nada faltou para festejar o aniversariante. Sentíamos o grande Amor que Deus tem para connosco em ter, como Fundador desta Obra, alguém que aqui viveu grande parte da sua juventude e que em tão pouco tempo de entrega total à vida sacerdotal foi capaz de revolucionar tantos corações - e continua a fazê-lo ainda hoje.

Conforme o espírito do Pai Américo, a Obra da Rua deve ser uma Porta Aberta, onde deve sempre prevalecer o Amor. Nos dias de hoje, o Papa Francisco faz um apelo para que os católicos mantenham a fé numa Igreja em Saída. Que tenhamos a coragem de abrir os nossos corações aos apelos de um mundo onde todos os dias somos convidados a mais um desafio.

Padre Américo ao "mergulhar" no Evangelho, através da meditação, encontrava forças dinamizadoras para a acção: "É no Evangelho que tiro a minha vida, os meus pensamentos, as minhas obras, tudo (...); eu não tenho tempo de perder tempo; a questão é de saber conjugar o verbo amar em todos os tempos".

Quitéria Paciência Torres