MANSO E HUMILDE

O nosso Manuel Pinto era assim. Por ter bebido do Evangelho e dos ensinamentos de Pai Américo, era uma pessoa de integridade inquestionável e regia a sua vida com os valores da fé católica, da família, do trabalho, da dedicação que emprestava a tudo, da bondade e do sacrifício.

Conheci-o há 35 anos e privei de maneira próxima e dedicada nos últimos 15. Era o meu companheiro pós almoço e de escritório. Com o seu exemplo assimilei melhor a responsabilidade de ter uma conduta própria de um Obreiro: disponibilidade, sacrifício e pontualidade. Era muito organizado, metódico, exigente e disciplinado. Nunca lhe ouvi um maldizer, escrevia aos amigos no Natal e o Calvário estava sempre presente.

Era um fervoroso defensor do Pai Américo e da Obra da Rua. Dizia-me muitas vezes: "A Casa do Gaiato não é um Colégio, e não o pode ser nunca. É uma Família!", e continuava: "e todos nós temos a obrigação de a manter como o Pai Américo a idealizou." E, de facto, foi a sua primeira verdadeira Família.

Todos os que o conheceram, terão certamente algo de bom a dizer e a guardar como exemplo e aprendizagem.

À sua família, deixo as minhas sentidas condolências.

Grato pelo tempo que me dedicaste. Descansa em paz.

Nuno Almeida