
MALANJE
Depois de quase quatro meses, o Pe. Fernando retorna de Angola. Mais uma vez percebemos que a Obra da Rua precisa olhar para este continente esquecido. É necessária a presença de mais padres para ajudar a fazer crescer tantas sementes plantadas pelo Pe. Manuel, Pe. Telmo e Pe. José Maria. Neste momento, temos duas aldeias de rapazes: Malanje e Benguela. A Obra da Rua contém em si tudo o que é necessário para se desenvolver plenamente em Angola e, por que não, aproximar-se novamente de Moçambique.
Em Portugal, temos que aceitar que a realidade é diferente e as respostas também. A Obra precisa ter a capacidade de ser versátil e de responder dentro de cada contexto. Reflectir se, como Igreja, pode dar respostas às novas realidades de pobreza e o papel que os padres da Rua devem desempenhar. Os pobres sempre baterão às portas da Obra.
Neste dia, percebi que muitos de nós temos vocação missionária e encontramos nestas terras castigadas da África o lugar onde queremos entregar nossas vidas aos mais pobres. A Obra da Rua deve dar essa oportunidade a todo padre da Rua que manifeste esse desejo, pois a realidade nos mostra que, a cada dia, são menos os que querem lançar-se à missão.
Na Obra da Rua, estamos em um tempo em que a vida nos pede para dar um passo à frente, onde não há espaço para meias medidas, onde não devemos apenas pensar nos pobres, mas nos pobres entre os mais pobres. Que o Padre Américo nos ajude a discernir e redefinir a missão da Obra da Rua em Portugal, em Angola ou onde quer que ela renasça.
Padre Rafael