
MALANJE
A sociedade actual quer relegar o religioso ao âmbito pessoal e particular, afastando e anulando qualquer acção que repercute na vida social ou política. O Cristianismo desde suas origens se preocupou pela pessoa e sua integridade. Tendo em conta a separação entre Igreja e Estado que deve existir, o cristianismo não pode virar suas costas a todos os seres humanos e sente-se comprometido a colaborar com as diferentes instituições, a trabalhar pela justiça, a paz e o bem comum.
A Doutrina Social da Igreja contém o pensamento cristão em referência a realidades tão relevantes como: O princípio do Bem comum, o destino universal dos bens, o princípio da subsidiariedade, direito a participar na vida política, princípio da solidariedade, a família, o trabalho humano, propriedade e direito social, o trabalhador, a iniciativa privada, a economia, instituições económicas entre outras muitas. Quando a Igreja ignora, oculta este legado vive de costas ao ser humano e torna-se adormecedora de consciências e cúmplice das injustiças.
A Obra da Rua deve ser uma dessas expressões da Igreja comprometida com aqueles que mais sofrem na sociedade, seja onde seja que esteja presente. As Casas do Gaiato, O Calvário, Património dos Pobres e outras iniciativas que possam surgir no futuro são e serão a conotação real de um modo de fazer genuinamente cristão. O Jornal deverá ser a palavra escrita que faça entender o porquê e para quê das suas Obras. Obras e Palavras sempre de mãos dadas.
Padre Rafael