MALANJE

Hoje, 25 de Maio, celebramos o Dia de África.

A origem desta celebração parte da realização do primeiro Congresso dos Estados Africanos no ano de 1958. Nesse Congresso participaram vários países africanos e se mostrou a firme determinação de se libertarem do colonialismo estrangeiro.

Nessa Conferência foi proposto a celebração de um Dia da Liberdade Africana. Desde essa data, continuam a efectuar-se os encontros entre os diferentes Chefes de Estado do Continente Africano e se fundou a chamada Organização para a Unidade Africana, em 25 de Maio, e que posteriormente mudaria para Dia de África

Desde essa data até aos dias de hoje, muitas conquistas foram feitas em domínios como a descolonização, a economia e a promoção das mulheres. Por outro lado, continua a sofrer o flagelo da guerra, da corrupção e da exploração. Conscientes de que há situações que só podemos superar juntos, os africanos devem continuar a esforçar-se para reafirmar a sua identidade como Continente e trabalhar para o bem-comum.

As Casas do Gaiato em África tiveram o seu início na década de 1960. Foram abertas três Casas do Gaiato, duas em Angola e uma em Moçambique. São alguns milhares de crianças os que nelas foram criadas como filhos graças à dedicação e generosidade de muitos. Porém somos chamados a reforçar os laços entre as Casas de África e a favorecer a sua identidade africana. Fica porém pendente na agenda a criação da Obra da Rua em Angola com todas as suas potencialidades e suas diferentes expressões.

A Obra da Rua é cristã e por isso é chamada a fazer um processo de inculturação e de encarnação profunda. A Obra da Rua em África não deve fechar-se sobre si mesma e está continuamente convidada pelo seu fundador a Abrir as Portas e sair para as ruas e encruzilhadas para sentir e socorrer todos os abandonados de uma forma cristã e africana.

Padre Rafael