MALANJE

Muitas pessoas estão preocupadas com o futuro do Calvário...

A maior parte das nossas famílias reformaram as suas vivendas nos últimos 30 anos, no mínimo uma vez... ainda mais nas instituições dedicadas aos doentes... Ao Calvário também lhe chegou a hora. É normal preocuparmo-nos para que os nossos doentes encontrem, na nossa lareira, o sabor da família. Esperamos que neste ano que vamos iniciar possamos inaugurar juntos esta primeira fase.

Se num prédio podemos encontrar apartamentos quase idênticos na disposição das coisas, a decoração e o restante ambiente são específicos e fazem de cada um deles uma família. Por isso, no Calvário, para além disso, centenas de detalhes vão fazer-nos lembrar as cores, os aromas, as carícias desta Obra de Doentes. Com isto nos devemos preocupar, daqui para a frente, à medida que se concluírem.

Sem dúvida que a verdadeira identidade de cada lar é dada pelos que vivem nele. As relações, as responsabilidades, as organizações e, o mais importante, o amor. Tudo isto está diante de nós como um grande desafio que nos cabe enfrentar pensando naqueles que sempre serão o centro do Calvário... de Doentes, para Doentes, pelos Doentes. O Doente tem de sentir que esta Casa é dele, que tudo o que há é para ele, que tudo o que possa ser feito por ele ninguém deve tirar-lhe esse direito.

Temos que passar, pouco a pouco, de preocuparmo-nos a ocuparmo-nos nesta nova etapa que está a viver o nosso Calvário. Nesta família todos iremos reencontrar o nosso lugar: Padres, Senhoras, Voluntários, Colaboradores, Benfeitores... ninguém pode ficar de fora. Um processo que deve ter início antes da inauguração das instalações, que continuará depois e que, com a dedicação e generosidade de todos... esta Obra de Deus continuará.

Padre Rafael