História da Casa do Gaiato de Malanje

Bênção da primeira pedra da CASA DO GAIATO DE MALANJE

Foi, sim, no Dia do Santíssimo Nome de Jesus de 1964 - único Nome que cura e cicatriza as feridas da alma - que mais uma vez juntámos as mãos e as erguemos ao Céu num Te Deum Laudamus perante a inauguração solene e bênção da primeira pedra.
Como sempre, correu tudo com muita simplicidade. E a prata da casa é que serviu.
Depois do senhor Bispo ter celebrado o Santo Sacrifício num altar feito à última hora e muito rústico, seguiu-se a bênção da primeira pedra, a qual é a primeira do cruzeiro da futura Aldeia.
Tem sido pela Cruz que ternos começado todas as nossa Casas, a fundar de raiz. Foi com a Cruz que os nossos antepassados marcaram estas terras e, por conseguinte, será pela mesma Cruz que esta nossa Angola há-de ser conquistada para o Amor.
O senhor Governador do Distrito também não faltou, em companhia de sua esposa, assim como alguns Amigos da primeira hora. E não podemos esquecer a presença dos cristãos das cubatas mais próximas. Com a sua presença e cantares em quimbundo, deram mais realce aos actos. E desde então estas centenas de pessoas têm sido pontuais nas nossas Missas dominicais, no fim das quais lhes é ensinada a Catequese.
Pelo meio-dia foi servido um almoço feito à nossa moda, onde o sr. Padre Carlos e a Emília se destacaram como bons cozinheiros.
Esta festa foi tão simples o familiar que até as tão faladas «chaves do cemitério» - uma chave muito grande e ferrugenta que veio de Paço de Sousa, não sei com quem - foram entregues ao sr. Padre Carlos perante a boa disposição da assistência. Isto é a Casa do Gaiato!
Quem viu e quem vê a quinta de Culamoxito já encontra nela grande diferença. E daqui a mais algum tempo será ainda mais bela quando, perante aquela natureza fresca e sadia, começarem a desabrochar as plantas, juntamente com o cantar dos futuros gaiatos angolanos.

in Obra da Rua