ECOS DO NOSSO ENCONTRO

O motivo primário do nosso convívio foi, é e será sempre, o de agradecer ao Senhor o ter-nos dado um Pai que nos amou, tirou da miséria e do abandono, dando-nos pão, amor e fazendo de nós homens de bem.

Poucos imaginam o trabalho de bastidores num acontecimento destes. Sábado de manhã, na Capela há limpeza e arranjo de flores. Para o lado da cozinha e refeitório era uma algazarra no arranjo de mesas, cadeiras e filas delas. O refeitório fica apinhadinho... são centenas de bocas...

Mas vamos por partes: de manhã, a habitual Assembleia da Associação dos Antigos Gaiatos e Familiares do Norte. Logo depois, a deposição de uma coroa de flores nas campas de Pai Américo e do nosso Padre Carlos, homenagem da Associação. Ao meio-dia - ponto central do nosso convívio -, há o encontro espiritual, com todos os presentes na Eucaristia. Aqui, a nossa Capela transborda... Padre Júlio falou-nos do amor de Pai Américo por todos nós e da Obra da Rua!

Acabada a santa Missa, há reencontro de colegas que nos visitam. Uns, desde o ano passado; outros, desde há anos... Aqui, o «Passarinho» (primeira geração), adiantou-se e foi a minha casa para me abraçar...

... E vejo um ajuntamento perto do refeitório... vem aí o almoço! Filas e filas a entrar e... «toda a atacar»! Tudo bom e apetitoso!

Já compostos e alegres, vamos ao cafezinho no nosso bar. Depois, é arranjar um lugar para assistir ao concerto da Tuna da Associação, sob a regência do Miguel. No largo do bar está tudo cheio e as cadeiras são poucas...

Ouvem-se já a música e canções para alegria da assistência. A tarde vai correndo e vamos encontrando gente amiga e colegas. Vejo agora o grupo com o Dr. Abel, Manuel António, ti Jeca, Jorge Couto. Mais além outro, com «Flora», Neca, Zé Reis, Maciel, «Vila Real», Elísio Humberto e outros cujo nome não fixei. Para o Artur Mendes deixo o meu abraço, e peço a Deus, por intercessão de Pai Américo, que lhe dê coragem, saúde e Paz. Este nosso colega e amigo, devido à diabetes, teve de amputar um membro inferior.

Acabou a música e vão sendo horas de arrumar a aparelhagem e instrumentos.

A seguir há a merenda. Faz-se fila no corredor da cozinha e aguarda-se... De passagem vejo Padre Júlio que me pareceu cansado, mas feliz! Será?! É que ser o Director da Obra da Rua, nos tempos que correm, não é fácil... Que Pai Américo o ajude!

Para terminar, direi, com certa emoção, ter sentido que, alguns antigos companheiros ao abraçar-me, o faziam com um especial carinho... Talvez por ser o "irmão" mais velho!...

Por tudo, obrigado, amigos, e até sempre!

Manuel Pinto