
DA NOSSA VIDA
Casa 5
É a dos mais velhos. Esta que foi tipografia e as restantes oficinas da nossa Aldeia de Paço de Sousa, reorienta a sua função para acolhimento dos Gaiatos mais velhos que vivam sós.
É por demais evidente que esta nova vocação das primeiras oficinas da Casa do Gaiato de Paço de Sousa é certa. Tudo os que as mãos humanas constroem deve ser para o bem da humanidade. Sabemos que nem sempre é assim. Mas nós queremos o bem.
Ali hão-de recordar seus tempos de meninos: «Éramos muito felizes!», ouvi, há bem poucos dias, da boca de um deles, como em muitas outras ocasiões.
Temos muito trabalho pela frente até que se torne realidade a Casa 5. Cá fora saneamento e as outras infraestruturas, e dentro os espaços adequados a uma casa de família. As refeições virão da cozinha da casa-mãe. Lavandaria já está operacional. O restante é com eles: «obra de rapazes, para rapazes, pelos rapazes».
Em tudo a bastante autonomia: conta bancária própria para o deve/haver. Independência só das falsas seguranças. A verdadeira segurança está nas próprias potencialidades e n'Aquele que nos garante a Sua presença todos os dias até ao fim dos tempos.
Estamos já a tratar das necessárias burocracias, mas não precisamos de esperar até que estejam concluídas.
Caminhamos com fé, que é a certeza das coisas que se não vêem. O futuro é uma delas.
O nosso arquitecto riscará as linhas mestras da distribuição do espaço disponível, e haverá lugar para sugestões dos interessados e apaixonados pelo bem comum. Sugestão não é determinação, mas participação com o coração. Nós somos do sim ou do não, sem opções intermédias.
Casa 5 é uma mão cheia, de bem.
Padre Júlio