DA NOSSA VIDA

Vocação

Servir a Obra da Rua, dedicando-lhe a centralidade da vida, é resposta a uma verdadeira vocação. Sendo uma obra humana de sabor divino, necessita de servidores para diversos e diferentes serviços. A dedicação prestada por cada um, na parte que lhe toca, tem um ponto comum: a ligação à Obra pelo coração. É assim que, também, os obreiros de fora — a família de fora —, está comprometida com a Obra pelo coração. Quantos a ela se ligaram durante as dezenas de anos de existência da Obra, implicados afectivamente e materialmente! Muitos e muitos foram e são verdadeiros obreiros.

Tudo o que for funcionalismo está fora do serviço específico da Obra da Rua. Mais que cumprir uma função trata-se de abraçar uma missão. Enquanto a função é de âmbito restrito, a missão alarga até onde for necessário o serviço a realizar. Neste sentido, quem cumpre uma missão implica nela a sua própria realização humana.

Aqui se enquadra o pensamento de Pai Américo, que vê naquele que realiza o seu serviço, por amor, o verdadeiro técnico. Não desvaloriza a preparação para o seu encargo, antes a considera necessária: escolha-se entre os rapazes os mais avisados e dê-se-lhes preparação. Preparação para as nossas tarefas. Trabalhar com amor por esta causa implica dar-se e fazer bem o bem.

Vocação é um chamamento. Neste caso, um chamamento de Deus. Tudo o que é chamamento à vida é chamamento que vem de Deus. Nós estamos nesse contexto.

Faço memória de todos aqueles que já partiram, e que tiveram a sua vida centrada na Obra da Rua e na família que constituíram, plena resposta à vocação de serviço à comunidade e à sua realização pessoal. A família é uma realidade e uma experiência necessárias para que os nossos alcancem a maturidade e o conhecimento mais profundo do ser humano.

Padre Júlio