
DA NOSSA VIDA
16 de Julho
A Obra da Rua celebra o 69.º aniversário da partida de Pai Américo para junto de Deus. Viveu uma vida não muito longa, 68 anos, com os últimos 16 vividos intensamente, durante os quais dizia que «não tinha tempo para perder tempo».
Antes destes foram 11 de preparação e de descoberta do caminho futuro que haveria de percorrer, embora possamos e devamos enquadrar todo o seu tempo de vida pré-sacerdotal como tempo de definições decisivas para a sua opção final.
Muitas coisas disse e escreveu em momentos obrigatórios, para espalhar a verdade que o conduzia e impelia. Também com ele, como viria a dizer, o melhor da vida dos santos fica por dizer. O livro que se propôs redigir, "De como subi ao altar", é uma clara expressão disso mesmo.
O seu calvário, de três dias como o do Mestre, amparado, como todos os cristãos, pela Mãe, Nossa Senhora do Carmo, foi o início de uma nova vida e de uma nova Obra: «A minha obra começa quando eu morrer.» Não uma refundação mas uma recriação.
Os tempos actuais apelam, como sempre, à abnegação de si mesmo por todos os que confundem as suas vidas com Pai Américo e a sua Obra; a todos os que sentem o impulso para que ela continue fiel ao seu fundador.
Os tempos diferentes dos passados, implicam um revigoramento no serviço aos Pobres de hoje que sofrem as injustiças do mundo actual. Os Pobres são a razão de todos os passos dados por Pai Américo, impelido pela sua contínua fome e sede de justiça.
Gostei de há dias ouvir uma Senhora dizer que a "geração Eu" é dominante na actualidade. Nós concordamos, embora ela tenha acompanhado toda a história humana. Mas não é este o caminho que nos trouxe até aqui, foi antes o de servir a Cristo no Pobre; n'Eles está a nossa riqueza.
Padre Júlio