DA NOSSA VIDA

O «Famoso»

O GAIATO completa agora 76 anos de existência. De 15 em 15 dias, sem férias e sem interrupção, vem cumprindo a sua missão de zelador dos Rapazes, dos Doentes e dos Pobres, tocando as consciências e o coração de quem lhes pode fazer bem.

É uma tarefa interminável, como disse Pai Américo no nº 1 do «Famoso»: «Aparece hoje "O Gaiato" e regressa no terceiro domingo do mês, à mesma hora, e assim por diante, todos os 1.os e 3.os até ao fim do mundo.»

Também interminável é a tarefa de o fazer chegar a cada vez maior número de Leitores. Houve época em que andou rondando os 60.000 assinantes, a que se somavam alguns milhares de jornais adquiridos nas ruas e empresas de várias cidades.

O mundo vai girando, os anos vão passando e, como é natural, os que adquirem O GAIATO vão envelhecendo e partindo desta vida. Os próprios que o fazem, também vão passando a outros a tarefa de dar continuidade a esta Obra a que Pai Américo lançou os fundamentos e ergueu.

76 anos volvidos, mantém-se a mesma missão, agora especialmente carente de obreiros para que possa crescer e de apaixonados por Ela ou em vias de o serem, fazendo d'O GAIATO alimento, não como quem lê mas como quem o medita e rumina.

Nestes últimos anos, O GAIATO deixou de ser recebido por mais de metade dos seus assinantes, para além da diminuição do número de jornais distribuídos em mão. A maioria das assinaturas que foram suspensas, foram-no em definitivo. Poucas foram as que transitaram para elementos da mesma família e, por esse motivo, se mantiveram activas, revelando assim uma forte unidade dessas famílias com a Obra, a que com inteira justeza se podem chamar de família de fora. Assim gostava de as intitular o Pe. Carlos. Certo é que muitos pais gostariam que seus filhos mantivessem o vínculo com a Obra da Rua mas, muitas vezes, esses desejos saíram frustrados.

É assim que lançamos o apelo aos nossos assinantes, pedindo o seu empenho, certos da amizade que nos dedicam, para que convidem seus familiares e amigos a se tornarem assinantes d'O GAIATO, cujo preço é não o tratar com indiferença mas cada vez mais lhe darem lugar à mesa da família, onde Ele é alimento e comensal porque presença do Pobre.

Este repto que aqui lançamos, espera receber a resposta de dois ou três milhares de novos assinantes, que poderão vir a receber O GAIATO na forma tradicional em papel ou em formato digital através do nosso site na internet (www.obradarua.pt), onde se poderão inscrever num e noutro caso ou por outro meio.

O GAIATO não tem preço, porque não pode o dinheiro pagar as vidas que se comunicam generosamente. O «Quim-mau», que o encabeça, continua a estender os seus braços, pedindo e esperando o teu amor.

Padre Júlio