CRÓNICA DE BENGUELA

A NOSSA PÁSCOA

Como é habitual, nos últimos dias da Quaresma, vive-se a Semana Santa, que tem o seu início no Domingo de Ramos e o ponto mais alto no Domingo de Páscoa, dia da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em nossa Casa, há muitos anos que temos lançado as bases para a vivência destes grandes momento, bases essas a que não escapam aos rapazes mais novos, que pela primeira vez se juntam à nossa família, porque os seus novos irmãos fazem questão de lhes transmitir a mensagem.

Na véspera do Domingo de Ramos, observámos os mais pequenos a prepararem os seus ramos e, no Domingo, nós e mais o povo em geral, vivemos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.

A Quinta-Feira Santa, começa com a paralisação das aulas na nossa escola, por esta ser pertencente ao leque das escolas Católicas. Este dia ficou marcado com a celebração eucarística da «Última Ceia». Tivemos o momento do Lava-pés em que todos os rapazes queriam representar os 12 discípulos, e o nosso subchefe Maioral (Tado) teve a difícil tarefa de fazer a selecção.

A celebração correu bem e, em seguida, tivemos a «nossa ceia» no nosso refeitório.

A Sexta-Feira Santa foi um dia de reflexão e sem actividades, tendo em conta a natureza do significado deste dia Santo.

No final do dia, preparámo-nos e fomos à Capela viver o momento da Morte de Jesus.

No Sábado Santo, a partir das 22h30 todos os caminhos foram dar à capela das irmãs Monjas Dominicanas e, juntamente com o povo, celebrámos a Ressurreição do Senhor. A Santa Missa da vigília foi celebrada pelo nosso P. Quim e co-celebrada pelo nosso P. Manuel. O nosso Pe Quim resumiu a sua homilia com a seguinte frase em Umbundu: — Yesu wapinduka, Aleluia, Aleluia -, o que quer dizer "Jesus Cristo ressuscitou Aleluia,
Aleluia".

Logo a seguir à Missa notava-se nos rostos de todos muita alegria e com fortes abraços e apertos de mãos, desejavam-se «Feliz Páscoa».

No Domingo de Páscoa, o dia todo ficou revestido de momentos festivos. Assim foi a «nossa Páscoa».

Luís António