CONFERÊNCIA DE PAÇO DE SOUSA

Outra vez o lema do Pai Américo: "Não sei se me enganaram ou não. O que eu sei é que não quero é enganar ninguém." 

- Na última reunião da nossa Conferência estivemos, como é normal, a analisar os casos que estamos a acompanhar e outros que chegaram ao nosso conhecimento e que também podem vir a precisar de ajuda. Nos casos que estamos a analisar, predominam as situações da chamada "pobreza envergonhada". São situações de pessoas que estão a trabalhar e que, por isso, estão a fazer um esforço para ganhar o seu sustento, mas os rendimentos que têm não chegam para terem os mínimos necessários para uma vida humana condigna, fruto de adversidades nas suas vidas. As perspectivas é que venham deixar de precisar da ajuda material que lhe estamos a providenciar, mas, por agora, no nosso juízo, precisam mesmo.

Num caso, pelo menos, não foi a pessoa em causa que veio ter connosco. Fomos nós que fomos ao seu encontro para saber das suas necessidades porque suspeitávamos que elas existiam.

Apesar de procurarmos ser discretos na ajuda, de vez em quando lá vêm as vozes dos que dizem que estamos a ajudar quem não precisa ou de que são pessoas cujas famílias podiam e deviam ajudá-las. Nos casos em questão as pessoas precisam mesmo. Quanto a familiares que possam ajudar, que vamos fazer, se, podendo isso ser verdade, eles não estão a ajudar?

Somos humanos e, por isso, podemos sempre errar nas ajudas que providenciamos, mas esforçamo-nos por que isso não aconteça. Também paramos quando nos damos conta de que a ajuda material já não é necessária.

Nestas situações, continuamos a guiar-nos pelo bom lema do Pai Américo: "Não sei se me enganaram, ou não. O que eu sei é que não quero enganar ninguém."

Outra situação com que começamos a lidar e que vai durar algum tempo é fazer a ronda pelos moradores das 13 casas do Património dos Pobres da paróquia por causa da renovação dos respectivos contratos de comodato que estão a caducar. Vai ser uma boa oportunidade para fazer a pedagogia do que os residentes e os seus filhos, quando os têm, não se devem achar donos das casas. Só lá devem estar enquanto precisarem e os filhos devem procurar outra habitação quando constituírem família. Recentemente, voltamos a lembrar isto quando nos pareceu oportuno.

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Américo Mendes