CONFERÊNCIA DE PAÇO DE SOUSA
As cinco virtudes da Espiritualidade Vicentina
Na última crónica fizemos referência à nossa colaboração, juntamente com Vicentinos doutras conferências da zona, na ajuda à revitalização de uma Conferência situada numa localidade nas nossas proximidades onde há muita necessidade de trabalho vicentino.
Essa Conferência foi-se deixando cair numa situação de pouco membros activos, quase todos de idade avançada, com uma Mesa que já não cumpria os preceitos da Regra da Sociedade de S. Vicente de Paulo e com incapacidade para corrigir esta situação. Como se isto não bastasse, as relações com a Paróquia eram difíceis.
O processo de ajudar esta Conferência a revitalizar-se com a entrada de novos membros e a constituir uma nova Mesa conforme aos preceitos da Regra foi demorado e, muitas vezes, penoso, mas chegou a bom termo.
A Conferência tem, agora, onze novos membros. Foi eleito um novo presidente que é jovem e foi constituído o resto da Mesa com pessoas que certamente ajudarão a dar um novo impulso à Conferência. Somos, assim, mais a poder trabalhar em prol das pessoas da nossa zona que precisam de ajuda.
Para tudo isto foi muito importante a colaboração do pároco que aqui se saúda e agradece.
Na reunião em que foram admitidos e fizeram o seu compromisso os novos Vicentinos e em que foi constituída a nova Mesa, tivemos o gosto de poder contar com a participação da D. Lisete Oliveira, Presidente do Conselho Central do Porto da Sociedade de S. Vicente de Paulo, e da D. Joaquina Queirós, Vice-Presidente do mesmo Conselho com a responsabilidade do apoio às conferências da parte da diocese onde se situa esta zona onde estamos.
Nas palavras que dirigiu aos novos Vicentinos a Sra. Presidente do Conselho Central teve a boa ideia de falar sobre as cinco virtudes da espiritualidade vicentina, a saber: simplicidade, humildade, mortificação, mansidão e zelo apostólico.
O processo de revitalização da Conferência atrás referida tem muito que ver com isto tudo, mas ele não era preciso para nos lembrarmos sempre de quão importante é orientarmos a nossa acção por estas virtudes.
Temos que ser simples e humildes para os cargos que ocupamos não sejam os "nossos" cargos, as ajudas materiais e outras que distribuímos não sejam as "nossas" ajudas, as pessoas que ajudamos não sejam os "nossos pobres".
No processo atrás referido a mansidão foi várias vezes precisa, mas ela também é precisa nas relações entre Vicentinos dentro da Conferência, na relação com as pessoas que ajudamos e com todas as outras com as quais nos relacionamos. Conflitos interpessoais podem dar cabo de uma Conferência.
No trabalho vicentino como deve ser, também temos que pensar, em primeiro lugar, nas pessoas que precisam da nossa ajuda e não em nós próprios. Por isso, a mortificação é precisa.
Para terminar, claro que nenhum trabalho vicentino como deve ser é possível sem disponibilidade para o serviço ao próximo.
Que Deus nos ajude a termos estas virtudes sempre presentes no nosso espírito e na nossa acção!
Os nossos contactos (só para assuntos da Conferência e não para assuntos da administração do jornal)
Conferência de Paço de Sousa
A/C Jornal O Gaiato
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Américo Mendes