CONFERÊNCIA DE PAÇO DE SOUSA

Faltamos com esta crónica no último número do jornal. É verdade que Deus nos dá o tempo de graça, mas também é verdade que nos chama para muitas coisas e, por isso, por falha nossa certamente, nem sempre somos capazes de ir a todas a tempo e horas.

Nesta crónica não queríamos deixar começar por vos dar conta do falecimento do Sr. Manuel Mota. Foi Vicentino, como letra grande, desde muito novo e para lá do tempo em que as forças físicas lho permitiram. Foi presidente da nossa Conferência antes do mandato da mesa actual. Com muito empenho seu e muito tempo que dedicou a isso, foi no seu mandato que se procedeu à formalização de contratos de comodato com todos os moradores das casas do Património dos Pobres da paróquia, em boa colaboração com o nosso pároco e com a Comissão Fabriqueira. Tinha sempre um sorriso e um jeito educado e sereno para lidar com os outros vicentinos e as outras pessoas. Não temos dúvidas nenhumas que é mais um santo que Deus tem consigo depois de uma vida cá na Terra onde foi um exemplo de serviço ao próximo que mais precisa.

Já demos conta aos nossos leitores de que estamos, de novo, numa fase de "despesas extraordinárias" para reparar e melhorar algumas das casas do Património dos Pobres da paróquia. Estas casas não são propriedade da Conferência. São da paróquia na pessoa jurídica da sua Comissão Fabriqueira, mas, desde há muito, que a Conferência Vicentina tem colaborado no assumir das despesas de melhoria e de reparação destas casas. Desta vez já se cuidou de pinturas e de pequenos arranjos na casa onde vivia uma pessoa que faleceu. Já se construiu uma casa de banho nova numa casa onde a que existia já não era para os tempos de hoje. Também se está a ver da possibilidade de dotar outra casa com equipamento para água quente que ainda não tem. Tem-se, ainda, que cuidar de refazer o chão de uma casa que está numa zona de encosta e que aluiu possivelmente devido à infiltração de águas.

Quanto a acções que têm ido para além da regular ajuda domiciliária, também já demos aqui conta do apoio à reinstalação de uma pessoa vítima de violência. Isso levou-nos boa parte das doações que tínhamos em reserva em termos de mobiliário que, assim, teve bom destino.

Quanto ao resto, continuamos a acudir a necessidades mais pontuais que vão surgindo, com as mesmas limitações de Santa Maria Madalena que correu para o Sepulcro à procura de Jesus e quando Ele lhe apareceu da primeira vez ela não O reconheceu. Que Deus nos ajude a procurarmos sempre Jesus encarnado na pessoa do nosso próximo mais vulnerável e que nos ajude a reconhecê-lO nesse próximo onde nem sempre somos capazes de O ver.

Américo Mendes