CONFERÊNCIA DE PAÇO DE SOUSA
O CORONAVÍRUS E A ACTIVIDADE VICENTINA
Não se entenda o que vai ser dito a seguir como uma saudação ao aparecimento da pandemia do coronavírus. É imenso e não tem nenhuma compensação possível todo o sofrimento que esta pandemia já trouxe e vai ainda trazer para muitas pessoas e famílias contaminadas por ela e são muito negativos os impactos para a população em geral, tenha sido ou não contaminada por esta doença.
Dito isto, a pandemia está aí, infelizmente para durar um tempo relativamente longo até que surja remédio eficaz para ela. Por isso, para além de nos termos que adaptar a viver com este problema enquanto ele durar, também importa que saibamos reflectir, valorizar e incorporar com força nas nossas vidas individuais e colectivas os comportamentos que esta pandemia pode induzir em prol do Bem Comum.
Sem pretender ser exaustivo, vamos aqui referir alguns.
Podendo esta pandemia atingir qualquer pessoa e qualquer país, ela pode contribuir e já está a contribuir para que sejamos mais capazes e mais solidários para resolver um problema que nos pode tocar a todos. Isto pode ser muito positivo num mundo onde há forças muito poderosas que empurram no sentido contrário, ou seja, do individualismo.
Falar de solidariedade não adianta grande coisa quando se trata de conversa no abstracto, ou de erupções passageiras de generosidade colectiva. Ora o que há aqui de novo com esta pandemia é que o tipo de solidariedade que se exige não é essa. É a solidariedade que começa com o meu próximo, mais próximo: os nossos familiares, os nossos vizinhos, os nossos colegas de trabalho, as pessoas com as quais nos cruzamos directamente na rua.
Esta pandemia também exige a solidariedade que deve estar mais atenta aos mais vulneráveis: as crianças, os idosos, as pessoas com problemas de saúde que podem ser mais susceptíveis de agravamento com esta gripe.
Esta pandemia também tem mostrado que não interessa ser pobre, ou ser-se rico a passear num cruzeiro ou a passar outras férias de luxo: todos correm o risco de serem vitimados por esta gripe.
Só mais a referência a uma mudança de comportamento que a resposta a esta pandemia está a exigir. Naquilo que consumimos, estamos a ter que abdicar de alguns consumos supérfluos e a praticar mais a partilha solidária.
Todas as mudanças de comportamento atrás referidas convergem no sentido dos valores e da prática Vicentina: a partilha solidária ao serviço do cuidado do nosso próximo, a começar pelo mais próximo e pelo mais vulnerável, sem atender à sua condição social e lá onde vivem essas pessoas a quem podemos e devemos ajudar.
Saibamos todos Vicentinos e não Vicentinos sermos capazes de produzir o melhor remédio para este e para todos os outros males que afectam a Humanidade: amar a Deus sobre todas coisas e ao próximo como a nós mesmos!
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Américo Mendes