CONFERÊNCIA DE PAÇO DE SOUSA

O USO DAS CASAS DO PATRIMÓNIO DOS POBRES 

As casas do Património dos Pobres devem ser cedidas aos seus moradores em regime de empréstimo (comodato) e enquanto eles não tiverem possibilidades de mudar para casa própria, ou alugada, às suas custas.

Se a entrada de uma família numa casa destas que esteja desocupada geralmente não é uma situação problemática (analisam-se e comparam-se as necessidades das várias famílias que estejam a precisar desta ajuda e decide-se pela mais necessitada), a saída já não é bem assim. Há casos em que os moradores se comportam como se fossem donos destas casas para toda a vida e com direito a deixá-las aos seus sucessores.

Na nossa paróquia não tem sido prática o recurso a contratos de comodato entre a Fábrica da Igreja e os moradores das casas do Património dos Pobres para regular estas situações. Vai deixar de ser assim, ou melhor, já começou a deixar de ser assim. Neste momento, uma das casas já tem contrato de comodato e com as restantes vai acontecer o mesmo.

Como tendo vindo a acontecer desde que a nossa Conferência existe, estamos a colaborar com a Fábrica da Igreja neste processo, para além das outras colaborações habituais, nomeadamente nas obras de manutenção e de melhoria destas casas.

Assim sendo, nos próximos tempos, os Vicentinos, nas visitas que regulamente fazem às famílias que moram nestas casas, vão-lhes falar neste assunto de maneira a facilitar o trabalho da Fábrica da Igreja na formalização dos contratos de comodato para todas elas.

Ajudar quem precisa também é fazer esta pedagogia de que não deve ser apropriado de forma privada um património que é da Comunidade e que deve ser destinado aos seus membros mais vulneráveis.

Américo Mendes