CANTINHO DOS PADRES DA RUA

O nosso ambiente

Também este Cantinho tem o ambiente que domina todos os outros espaços da nossa Obra. Ainda que nos ausentemos para outro que não nos pertença, nunca nos abandona o ambiente da nossa Obra. Digamos que estamos sempre como peixe na água, ou seja, no ambiente que nos é próprio.

Penso no ambiente em que Pai Américo estava permanentemente mergulhado: no seu Mestre, Jesus Cristo, nos seus Rapazes, nos seus Pobres, sempre em círculo fechado. Nada o retirava deste ambiente, ainda que outras vivências ou outras vidas entrassem no seu pensamento ou brotassem do seu coração.

Penso que, com mais ou menos fervor, mais ou menos abrangência é este o ambiente em que andamos mergulhados os Padres da Rua, seus continuadores.

Este ambiente, de que Pai Américo foi inspirador e intérprete, está sujeito, como tudo o que é vida, a mudanças. Se as há boas, que tornam o ambiente mais puro, também as há más, que o esvaziam de sentido.

Aos Padres da Rua, para além dos três Elementos que geram o ambiente nela — Jesus Cristo, os Rapazes e os Pobres — acresce a figura e palavra de Pai Américo, indispensável para aferir da qualidade das mudanças que os tempos suscitam. O testemunho deixado por todos e todas que mergulharam as suas vidas neste ambiente, são também um contributo importante para os actuais e vindouros que nele mergulharam e hão-de mergulhar. A todos cabe a responsabilidade de purificar o ambiente que nos é próprio, sem o cristalizar nem desvirtuar.

No testemunho de Jesus, vemos que na subida à montanha para rezar, buscava sintonizar a sua vida com o querer do Pai. Também para nós a purificação permanente do ambiente em que vivemos é consequência de rezarmos a vida no querer de Deus, a Obra é Sua, e no testemunho dos outros que construíram a Obra em todo o tempo da sua existência.

Padre Júlio