CALVÁRIO-BEIRE

Quando dois ou três se reúnem em meu nome eu estou no meio deles.

Mateus, 18,20

Todos os dias, das duas às quatro horas da tarde, a Irmã Laíde, quase sempre acompanhada da D. Bárbara, reúne-se numa das salinhas da casa POR TANTO SOFRER com as meninas e senhoras doentes. Aquelas que estão em cadeira de rodas ou se deslocam com dificuldade.

E o que fazem? Cantamos, jogamos à bola e rezamos, diz a D. Deolinda. A Fátima gosta mais de jogar à bola e brincar. Lembra que no domingo anterior foram passear e brincar juntas, na antiga casa dos rapazes, e gostaram muito. A Isabel também dançou. Vemo-la a rir-se sonoramente quando alinhamos estas letras. A Luisinha gosta de jogar à bola. Bate palmas nos cânticos e quando é hora de rezar fica muito atenta. A D. Joaquina gosta imenso de cantar e diz: tudo o que seja de Deus é bonito. Rezar nunca é demais. A Irmã Laíde reforça que ela é uma grande ajuda na preparação dos cânticos da missa dominical, das solenidades e festas. Estão sempre prontas para aprender novos cânticos. Se a Irmã começa um e verifica que não sabem... sugere cantar outro. Logo respondem todas: não, não e não. Aprendemos esse e aprenderemos rápido. A D. Laura gosta de tudo: cantar, louvar a Deus e rezar. A Tininha gosta de rezar e de brincar. Terminada esta atividade vai para a rouparia ajudar a recolher a roupa que estava a secar, facilitando as molas.

A D. Maria, que aguarda connosco uma cirurgia ortopédica, gosta de cantar, e ainda mais de forma especial das histórias que a Irmã lê.

A Adelaide acompanha bem os cânticos que conhece. Mas também aprendeu um cântico novo, com gestos e com a bola.

Começamos a tarde com cânticos tradicionais, tocando instrumentos ou com um jogo de bola (cantando e fazendo movimentos). Sem dificuldade, pousamos os instrumentos e passamos da recreação à oração. Depois vem o chá da tarde e de seguida, as que podemos, vamos à nossa capela para a eucaristia diária.

"Irmãs" no Calvário com a Irmã Laíde