BENGUELA - VINDE VER!

O nosso Jornal, «O Gaiato», é um órgão de comunicação com o exterior da Obra da Rua. É uma ponte que une a família de fora à de dentro. Inúmeros gaiatos hoje na sua vida autónoma espalhados pelo mundo e independente do acompanhamento da Casa do Gaiato tomam conhecimento do desenrolar da vida das Casas através da leitura do "Famoso". Ele é um mensageiro peregrino nas mãos dos nossos leitores, amigos e benfeitores. Ele é um portador de mensagens cheias de vivências , cheias de esperança para uma vida melhor em toda a humanidade. Cumpre com a sua missão todas quinzenas. Não falha, segue somando ao longo da sua história anos carregados de lembranças e memórias inesquecíveis. Anos de actualidade resiliente e calejada. Anos que hão-de vir no sonho acordado de um futuro em marcha conduzido pelo entusiasmo da esperança e pela força de trabalho progressista. Hoje é para ti, nosso "ilustre" meio de estabelecimento de encontros de vidas em construção e as pessoas e feitos antecedentes e as novas gerações. Ao ler as tuas duas grandes páginas aprendo a escrever melhor os textos de vidas concretas erguidas desde a infância à vida adulta e acreditar que o milagre de Deus acontece todos os dias em nossas Casas em cada um dos filhos habitantes das nossas comunidades. Em dia de teu aniversário te oferecemos a prenda de te fazermos chegar aos olhos de muitos e cada vez mais leitores e assinantes. Te enviarei os endereços e as correspondências dos novos amigos e benfeitores que por estas paragens do Sul do planeta, através de ti somos conhecidos e damos a conhecer a nossa vida, vocação e missão. Aqui, em Benguela, chegas pelo correio com o endereço da caixa postal número 820 com apenas alguns exemplares para nós e para os outros amigos e conhecidos da Casa. Mas é através dos serviços e benevolência do consulado geral de Portugal em Benguela que te encontramos em maior número. Vais na carrinha até à Casa depois de passares sem molhar na ponte do Cavaco e quando chegas à calçada do centro da Aldeia vão os rapazes a levar-vos para o escritório. E depois carinhosamente vais deitado nas mãos deles sob o olhar atento pelas Casa do Gaiato. E assim vão lendo e relendo. O "Avelino" afixa na vitrina para todos os que passam possam deliciar-se dos teus encantos e recantos. No sábado, a seguir ao trabalho da manhã lá vêm os dois homens, hoje já reformados, o Sr. Miguel Laurindo, o canalizador e o Sr. Francisco Pinheiro "Muxico" electricista. E dizem os dois: Sr. Padre, não tem lá só um Jornal da Casa? Tem, pega lá. Este é o mais novo que chegou, leva. Leva mais outro que tem a tua fotografia, anda lá. E assim vamos andando! Com o Gaiato em nós e nós no Gaiato! Parabéns... parabéns... ad mutus annos vivat.

A conclusão é de Pai Américo «se há na nossa terra quem se espante do que esta Obra da Rua tem operado nas almas, ninguém mais do que eu. Há muita coisa que eu não revelo; muitas cartas que eu destruo com medo dos mortais. O cisco das montureiras, visto através da luz que O GAIATO tem feito, mostra a beleza das gotas de orvalho, atravessadas pelos raios do sol. Não é poesia. Não são frases feitas. É maneira de assoprar cinzas para irromper a chama».

Padre Quim